Governador vê denúncia como estratégia para prejudicar o Governo Federal
Silval rechaça denúncia e diz que não abre mão do VLT
O governador Silval Barbosa (PMDB) endureceu o discurso, diante da denúncia veiculada pelo jornal O Estado de S. Paulo, de que o Ministério das Cidades teria fraudado um laudo técnico, ao substituir o BRT (Bus Rapid Transit) pelo VLT (Veículo Leve Sobre Trilho), na matriz de responsabilidade para a Copa do Mundo.
"Fraude é o que estão tentando fazer com nosso Estado. Não há um centavo do Governo Federal, a não ser o financiamento oneroso a Mato Grosso. Estão usando isso para desestabilizar o Governo Federal ou impedir obras em Mato Grosso, de um convênio que ainda não assinamos", declarou o governador.
O chefe do Executivo lembrou que o projeto do VLT em Cuiabá recebeu aval da cúpula do Governo Federal, a começar pela presidente Dilma Rousseff.
"A única mudança que houve, por determinação do Ministério dos Esportes, Ministério do Planejamento e pela presidente Dilma, foi no sentido de tirar uma obra de transporte que já nascia ultrapassado, que é ônibus de sanfona, e trocá-lo por um veiculo de massa moderno, que vai atender a todo o crescimento da região metropolitana", afirmou Silval.
Conforme a reportagem divulgada pelo "Estadão", no dia 23 de novembro, um documento forjado pela diretora de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, com autorização do chefe de gabinete do ministro, Cássio Peixoto, adulterou o parecer técnico que vetava a mudança do projeto de trocar a implantação de uma linha rápida de ônibus (BRT) pela construção de um Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), em Cuiabá.
Com isso, a obra e seu custo subiu para R$ 1,2 bilhão, R$ 700 milhões a mais do que o projeto original.
Mas, o governador Silval Barbosa explicou que o VLT é mais caro porque se trata de uma obra mais abrangente.
"No BRT, seria construída uma linha exclusiva, enquanto o VLT envolve sistema de bilheteria, sinalização, estação, subestação e a compra de 38 carros, em média, altamente eficientes", disse.
Rebatendo as denúncias de quaisquer irregularidades na condução do projeto do VLT, Silval afirmou que, pela força econômica de Mato Grosso no contexto nacional, o Estado tem o direito de investir em um transporte moderno.
"Fraude é tentar inviabilizar uma obra de planejamento que vai dar modernidade a Cuiabá e Várzea Grande. Será que somente regiões como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília poderão investir em veículos sobre trilhos? Mato Grosso contribuiu, ao longo deste ano, com 37% das exportações na produção primaria, colaborando para o saldo positivo na balança comercial. Temos um potencial grande e vamos trabalhar para dar este conforto a população e o Estado não vai abrir mão disso", completou o governo.
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