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Campeão na produção de grãos e dono do maior rebanho brasileiro de bovinos, Estado já o terceiro do país
MT busca mais um título
Pecuaristas mato-grossenses querem dar mais um título ao Estado, o de maior confinador de bovinos do Brasil. Mesmo gigante na produção de gado de corte, a segmentação do confinamento é tida como atividade recente no Estado, mas contabiliza nos últimos seis anos um crescimento de 548%. A meta é atingir o lugar mais alto do podium nacional no médio prazo. Atualmente, lidera o ranking nacional de confinamento o estado de Goiás, seguido de São Paulo e Mato Grosso.
De acordo com os pecuaristas, este novo título é apenas uma questão de tempo. Além da expertise no manejo dos animais, os criadores contam com a farta oferta de grãos (matérias-primas utilizadas nos concentrados levados ao cocho), que coloca Mato Grosso como maior produtor do país, e com a posição de líder na bovinocultura, já que o Estado, com mais de 29 milhões de cabeças, detém o maior rebanho Brasil. “O Estado tem todas as condições de assumir o ranking de maior confinador de gado do país a médio prazo pelas condições privilegiadas que detemos”, avalia o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari. Ele completa destacando que o índice de expansão (548%) constata a consolidação de Mato Grosso como grande confinador.
De acordo com balanço do confinamento 2011, divulgado ontem, por meio de parceria entre a Acrimat e o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em 2005, o Estado confinou 117.879 animais e neste ano passou a 763.947, expansão de 548%. De acordo com a Acrimat, faltam dados de volume nacional sobre esta modalidade da pecuária e por isso fica difícil afirmar se o incremento estadual é o maior registrado no Brasil. O confinamento se caracteriza como uma alternativa de engorda mais rápida que tira o gado do pasto e traz para alimentação em cocho a partir do período da entressafra (seca) com a oferta do ‘concentrado’, que entre outros produtos é composto em sua maioria por milho e também por farelo de soja, sorgo e caroço de algodão.
O coordenador do Imea, Daniel Latorraca, observa que “o confinamento surge com a terceira safra do ano para o agricultor, que usa uma parte de sua produção para confinar”. O levantamento realizado pelo Imea constatou que 50% da composição do concentrado oferecido na alimentação do boi é produzido pelo próprio confinador. “Assim podemos analisar que o agricultor está investindo na pecuária, no confinamento e semiconfinamento”.
Além da oferta anual de animais prontos para o abate, o confinamento mostra sua contribuição para a verticalização da economia mato-grossense que parte da premissa de transformar proteína vegetal em proteína animal, ou seja, ao invés de se exportar a soja e o milho em grão – que tem menor preço no mercado – se usa o grão para alimentar aves, bovinos e suínos, por exemplo, e se exportam as carnes, cujo valor agregado de cada quilo supera o quilo do grão. O maior aumento no volume de bovinos confinados foi registrado na região do médio norte, com 72% a mais, enquanto na oeste houve uma queda de 16,4%. “A região do médio norte é grande produtora de grãos e isso demonstra a verticalização da cadeia do agronegócio, transformando grãos em proteína animal”, observa Vacari. A região médio norte detém a maior área plantada de Mato Grosso para o milho safrinha e representa 40% da área cultiva com soja. Em 2010, como aponta o Imea, 108.228 animais foram confinados na região e neste ano o volume atingiu 186.103 bovinos. O maior confinador estadual é o sudeste com 196.978 animais, alta de 25% ante 2010.
Desde o início do confinamento, a partir de maio/junho, os animais começaram a integrar o volume de bovinos abatidos em Mato Grosso. Em escala crescente, os animais oriundos dos cochos aumentaram a participação no total: em junho foram apenas 3% do total de abates, em julho foram 13%, em agosto 28%, em setembro 31% e em outubro, pico de entregas desta modalidade, o confinamento foi responsável por 48% dos 402,8 mil bovinos abatidos, ou, 191,8 mil animais ofertados. Mais de 84% da oferta vinda dos cochos foi de machos, 648.405 dos 763.947 animais que foram confinados no Estado em 2011. As fêmeas somaram 115.542 do total, ou cerca de 15%.
ALERTA – A Acrimat chama à atenção para variação do preço da arroba do boi gordo, entre julho e novembro, ter sido de 7,2%, bem diferente nos 37,2% do ano passado. “Essa ferramenta que o produtor usa cada vez mais para deixar o gado pronto para o abate está interferindo no ciclo da pecuária. O diferencial de preço entre maio (entressafra) e outubro (safra) que em 2006 atingiu 23,1%, em 2011 houve uma inversão e maio superou outubro em 0,6%. “Essa é uma tendência de mercado e o produtor vai ter que ficar atento, pois o confinamento vai ter um impacto direto no seu negócio e no preço da arroba do boi gordo”, analisou Vacari.
De acordo com os pecuaristas, este novo título é apenas uma questão de tempo. Além da expertise no manejo dos animais, os criadores contam com a farta oferta de grãos (matérias-primas utilizadas nos concentrados levados ao cocho), que coloca Mato Grosso como maior produtor do país, e com a posição de líder na bovinocultura, já que o Estado, com mais de 29 milhões de cabeças, detém o maior rebanho Brasil. “O Estado tem todas as condições de assumir o ranking de maior confinador de gado do país a médio prazo pelas condições privilegiadas que detemos”, avalia o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari. Ele completa destacando que o índice de expansão (548%) constata a consolidação de Mato Grosso como grande confinador.
De acordo com balanço do confinamento 2011, divulgado ontem, por meio de parceria entre a Acrimat e o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em 2005, o Estado confinou 117.879 animais e neste ano passou a 763.947, expansão de 548%. De acordo com a Acrimat, faltam dados de volume nacional sobre esta modalidade da pecuária e por isso fica difícil afirmar se o incremento estadual é o maior registrado no Brasil. O confinamento se caracteriza como uma alternativa de engorda mais rápida que tira o gado do pasto e traz para alimentação em cocho a partir do período da entressafra (seca) com a oferta do ‘concentrado’, que entre outros produtos é composto em sua maioria por milho e também por farelo de soja, sorgo e caroço de algodão.
O coordenador do Imea, Daniel Latorraca, observa que “o confinamento surge com a terceira safra do ano para o agricultor, que usa uma parte de sua produção para confinar”. O levantamento realizado pelo Imea constatou que 50% da composição do concentrado oferecido na alimentação do boi é produzido pelo próprio confinador. “Assim podemos analisar que o agricultor está investindo na pecuária, no confinamento e semiconfinamento”.
Além da oferta anual de animais prontos para o abate, o confinamento mostra sua contribuição para a verticalização da economia mato-grossense que parte da premissa de transformar proteína vegetal em proteína animal, ou seja, ao invés de se exportar a soja e o milho em grão – que tem menor preço no mercado – se usa o grão para alimentar aves, bovinos e suínos, por exemplo, e se exportam as carnes, cujo valor agregado de cada quilo supera o quilo do grão. O maior aumento no volume de bovinos confinados foi registrado na região do médio norte, com 72% a mais, enquanto na oeste houve uma queda de 16,4%. “A região do médio norte é grande produtora de grãos e isso demonstra a verticalização da cadeia do agronegócio, transformando grãos em proteína animal”, observa Vacari. A região médio norte detém a maior área plantada de Mato Grosso para o milho safrinha e representa 40% da área cultiva com soja. Em 2010, como aponta o Imea, 108.228 animais foram confinados na região e neste ano o volume atingiu 186.103 bovinos. O maior confinador estadual é o sudeste com 196.978 animais, alta de 25% ante 2010.
Desde o início do confinamento, a partir de maio/junho, os animais começaram a integrar o volume de bovinos abatidos em Mato Grosso. Em escala crescente, os animais oriundos dos cochos aumentaram a participação no total: em junho foram apenas 3% do total de abates, em julho foram 13%, em agosto 28%, em setembro 31% e em outubro, pico de entregas desta modalidade, o confinamento foi responsável por 48% dos 402,8 mil bovinos abatidos, ou, 191,8 mil animais ofertados. Mais de 84% da oferta vinda dos cochos foi de machos, 648.405 dos 763.947 animais que foram confinados no Estado em 2011. As fêmeas somaram 115.542 do total, ou cerca de 15%.
ALERTA – A Acrimat chama à atenção para variação do preço da arroba do boi gordo, entre julho e novembro, ter sido de 7,2%, bem diferente nos 37,2% do ano passado. “Essa ferramenta que o produtor usa cada vez mais para deixar o gado pronto para o abate está interferindo no ciclo da pecuária. O diferencial de preço entre maio (entressafra) e outubro (safra) que em 2006 atingiu 23,1%, em 2011 houve uma inversão e maio superou outubro em 0,6%. “Essa é uma tendência de mercado e o produtor vai ter que ficar atento, pois o confinamento vai ter um impacto direto no seu negócio e no preço da arroba do boi gordo”, analisou Vacari.
Fonte:
Da Editoria
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