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Cláudio Rosa declarou César Martinez teria indiciado Josino sem convicção
Delegados da PF divergem sobre Josino Guimarães
LORIVAL FERNANDES/DC
Para o advogado João Cunha Neto, depoimento do delegado Martinez não prejudicará o seu cliente
O segundo dia do julgamento do empresário Josino Guimarães, pronunciado como mandante do assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral, foi marcado por divergências entre duas importantes autoridades da Polícia Federal nas investigações do crime, ambas arroladas como testemunhas de defesa do réu. De um lado, o delegado da Polícia Federal que presidiu o inquérito contra Josino, César Augusto Martinez, reafirmando sua decisão de indiciá-lo por mando.
Questionado por um dos advogados do réu, Waldir Caldas, sobre a veracidade da informação de que ele havia confidenciado arrependimento por envolver Josino no crime, Martinez resumiu: ”não me arrependo de indiciar Josino como partícipe do crime”.
O delegado disse ainda que teve de encerrar o inquérito no momento em que nomes de desembargadores começaram a ser relacionados ao crime, pelo fato de essas autoridades terem foro privilegiado. Entretanto, diz, fez isso acreditando que poderia ir mais adiante.
Mais uma vez questionado pela defesa de Josino, César Martinez disse acreditar que de fato houve a reunião entre o réu, o sargento PM José Jesus de Freitas (assassinado em abril de 2002) e desembargadores para tratar da morte de Leopoldino.
“Na época, o sargento Jesus disse que recusou a proposta e que procurou a Polícia Federal porque temia que fosse envolvido no crime e por isso queria esclarecer”, disse Martinez.
Já o ex-superintendente da PF na época, Cláudio Rosa, prestou depoimento sob contestação dos procuradores do Ministério Público Federal que atuam na acusação de Josino. A procuradora-chefe Vanessa Cristhina Scarmagnani e o procurador Douglas Araújo pediram a suspensão da testemunha, argumentando que Rosa mantinha relações de amizade com Josino, conforme disse horas antes o delegado César Martinez. O juiz, porém, indeferiu o pedido.
Rosa declarou que César Martinez esteve em seu gabinete e lhe disse que não havia elementos (provas ou indícios) para indiciar Josino como mandante da morte de Leopoldino Marques. “Ele o indiciou sem convicção”, observou. Segundo ele, Beatriz Árias matou o juiz por dinheiro. Já o delegado José Luna, o primeiro a depor, afirmou ter certeza de que não havia outros envolvidos no crime e que Beatriz Árias matou o magistrado por motivos "egoísticos" (torpe).
Luna, que presidiu o inquérito até o indiciamento de Beatriz Árias, afirmou, porém, que Josino mantinha relações estreitas com a criminalidade e com bandidos mafiosos ligados ao tráfico e ao crime organizado - para quem negociava a venda de sentenças. Fernandinho Beira-Mar faria parte da lista.
Para o advogado de Josino, João Cunha Neto, não admitir que se arrependeu do indiciamento, como fez o delegado Martinez, é uma conduta profissional, porém ele não acredita que isso possa prejudicar o réu. O julgamento recomeça hoje, às 9hs, com o interrogatório de Josino Guimarães.
Questionado por um dos advogados do réu, Waldir Caldas, sobre a veracidade da informação de que ele havia confidenciado arrependimento por envolver Josino no crime, Martinez resumiu: ”não me arrependo de indiciar Josino como partícipe do crime”.
O delegado disse ainda que teve de encerrar o inquérito no momento em que nomes de desembargadores começaram a ser relacionados ao crime, pelo fato de essas autoridades terem foro privilegiado. Entretanto, diz, fez isso acreditando que poderia ir mais adiante.
Mais uma vez questionado pela defesa de Josino, César Martinez disse acreditar que de fato houve a reunião entre o réu, o sargento PM José Jesus de Freitas (assassinado em abril de 2002) e desembargadores para tratar da morte de Leopoldino.
“Na época, o sargento Jesus disse que recusou a proposta e que procurou a Polícia Federal porque temia que fosse envolvido no crime e por isso queria esclarecer”, disse Martinez.
Já o ex-superintendente da PF na época, Cláudio Rosa, prestou depoimento sob contestação dos procuradores do Ministério Público Federal que atuam na acusação de Josino. A procuradora-chefe Vanessa Cristhina Scarmagnani e o procurador Douglas Araújo pediram a suspensão da testemunha, argumentando que Rosa mantinha relações de amizade com Josino, conforme disse horas antes o delegado César Martinez. O juiz, porém, indeferiu o pedido.
Rosa declarou que César Martinez esteve em seu gabinete e lhe disse que não havia elementos (provas ou indícios) para indiciar Josino como mandante da morte de Leopoldino Marques. “Ele o indiciou sem convicção”, observou. Segundo ele, Beatriz Árias matou o juiz por dinheiro. Já o delegado José Luna, o primeiro a depor, afirmou ter certeza de que não havia outros envolvidos no crime e que Beatriz Árias matou o magistrado por motivos "egoísticos" (torpe).
Luna, que presidiu o inquérito até o indiciamento de Beatriz Árias, afirmou, porém, que Josino mantinha relações estreitas com a criminalidade e com bandidos mafiosos ligados ao tráfico e ao crime organizado - para quem negociava a venda de sentenças. Fernandinho Beira-Mar faria parte da lista.
Para o advogado de Josino, João Cunha Neto, não admitir que se arrependeu do indiciamento, como fez o delegado Martinez, é uma conduta profissional, porém ele não acredita que isso possa prejudicar o réu. O julgamento recomeça hoje, às 9hs, com o interrogatório de Josino Guimarães.
Fonte:
Do DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/67054/visualizar/
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