Creusa Almeida, mãe da acusada de ser a mandante do assassinato a tiros de Renné Senna para ficar com sua fortuna ganha na Mega-Sena, falou na noite de quarta-feira (30) por cerca de duas horas no julgamento da filha, Adriana Almeida, e chorou ao garantir ter sido maltratada pelos policiais que começaram a investigar o caso em janeiro de 2007. "Estava tomando conta de quatro crianças e não tinha condições de prestar depoimento. Os policiais deram socos em cima da mesa, em uma atitude ameaçadora. Queriam que eu incriminasse minha filha, mas tenho certeza de que quem fez isso (matou Renné), fez para prejudicá-la."
Minutos depois, o advogado da viúva, Jackson Costa, pediu a suspensão do júri porque, em parte do depoimento de Creusa, houve uma divergência com o que havia dito o segurança Alexandre da Fonseca, segundo o qual a irmã de Adriana, Valéria, foi à Fazenda Nossa Senhora da Conceição buscar o pai no dia do crime. De acordo com Creusa, o pai da acusada "nem chegava perto" da fazenda. Diante disso, Costa requereu um depoimento do pai de Adriana.
Às 23h20, todas as 16 testemunhas de acusação já haviam sido ouvidas, e começavam os depoimentos dos três réus: os policiais militares Marco Antônio Vicente e Ronaldo Amaral e a professora de educação física Janaína Oliveira, acusados de envolvimento no crime. Adriana deve depor amanhã, sendo seguida pelo debate dos advogados.
A fortuna de Renné, avaliada em cerca de R$ 70 milhões, é disputada pela viúva e pela filha, merecedoras, cada uma, de 50% do patrimônio, conforme o testamento do ganhador da Mega-Sena. Se condenada pela morte do marido, Adriana perderá o direito a seu quinhão.
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