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Internacional
Quarta - 30 de Novembro de 2011 às 18:23

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Indo de acordo com as sanções aprovadas pela Liga Árabe no fim de semana, os Emirados Árabes se preparam para suspender todos os voos para a Síria a partir da semana que vem, anunciou o governo do Dubai em sua conta no Twitter nesta quarta-feira.

Entre as sanções colocadas pela Liga, está a proibição de viagens de autoridades sírias, o congelamento de fundos relacionados ao regime, o bloqueio de acordos e transações com o banco central do país e o fim de investimentos no local.

Também está contemplado o fim das relações comerciais com o Executivo de Damasco, com exceção de mercadorias estratégicas que afetem a população. O regime já havia dito que tais punições prejudicariam o povo da Síria.

O Líbano, que havia dito que não seguiria as medidas aprovadas na Liga Árabe, mudou de ideia e disse que vai cumprir as sanções, mesmo não concordando com todas elas.

Em uma tentativa de se mostrar menos duro com a população e sob pressão internacional, o regime de Bashar Assad soltou nesta quarta-feira 912 prisioneiros detidos por envolvimento em manifestações pela queda do ditador, segundo a agência estatal de notícias.

Apesar disso, a Arábia Saudita pediu que todos os seus cidadãos na Síria deixem o país para se protegerem de eventuais confrontos entre militares e civis durante as revoltas.

PERDA DE ALIADOS

A libertação dos presos vem no mesmo dia em que a Turquia, tradicional aliada da Síria, decidiu impor sanções econômicas e financeiras contra o regime, que continua reprimindo violentamente as revoltas, conforme anunciou o chefe da diplomacia turca, Ahmet Davutoglu.

O país disse que vai suspender todas as transações comerciais e linhas de crédito com a Síria e congelar fundos ligados ao regime.

Davutoglu afirmou que a Turquia, que era muito próxima de Damasco, vai bloquear a entrega de armamentos e equipamentos militares para Síria, como parte das sanções com objetivo de persuadir Assad a colocar um fim à repressão contra manifestantes pró-democracia.

"Todas as balas disparadas, todas as mesquitas bombardeadas eliminaram a legitimidade da liderança síria e isso aumentou a distância entre nós", afirmou o chanceler. "A Síria desperdiçou a última chance que lhe foi dada".






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