Voos à Síria serão suspensos em acordo com sanções da Liga Árabe
Indo de acordo com as sanções aprovadas pela Liga Árabe no fim de semana, os Emirados Árabes se preparam para suspender todos os voos para a Síria a partir da semana que vem, anunciou o governo do Dubai em sua conta no Twitter nesta quarta-feira.
Entre as sanções colocadas pela Liga, está a proibição de viagens de autoridades sírias, o congelamento de fundos relacionados ao regime, o bloqueio de acordos e transações com o banco central do país e o fim de investimentos no local.
Também está contemplado o fim das relações comerciais com o Executivo de Damasco, com exceção de mercadorias estratégicas que afetem a população. O regime já havia dito que tais punições prejudicariam o povo da Síria.
O Líbano, que havia dito que não seguiria as medidas aprovadas na Liga Árabe, mudou de ideia e disse que vai cumprir as sanções, mesmo não concordando com todas elas.
Em uma tentativa de se mostrar menos duro com a população e sob pressão internacional, o regime de Bashar Assad soltou nesta quarta-feira 912 prisioneiros detidos por envolvimento em manifestações pela queda do ditador, segundo a agência estatal de notícias.
Apesar disso, a Arábia Saudita pediu que todos os seus cidadãos na Síria deixem o país para se protegerem de eventuais confrontos entre militares e civis durante as revoltas.
PERDA DE ALIADOS
A libertação dos presos vem no mesmo dia em que a Turquia, tradicional aliada da Síria, decidiu impor sanções econômicas e financeiras contra o regime, que continua reprimindo violentamente as revoltas, conforme anunciou o chefe da diplomacia turca, Ahmet Davutoglu.
O país disse que vai suspender todas as transações comerciais e linhas de crédito com a Síria e congelar fundos ligados ao regime.
Davutoglu afirmou que a Turquia, que era muito próxima de Damasco, vai bloquear a entrega de armamentos e equipamentos militares para Síria, como parte das sanções com objetivo de persuadir Assad a colocar um fim à repressão contra manifestantes pró-democracia.
"Todas as balas disparadas, todas as mesquitas bombardeadas eliminaram a legitimidade da liderança síria e isso aumentou a distância entre nós", afirmou o chanceler. "A Síria desperdiçou a última chance que lhe foi dada".
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