Torturadores teriam filmado estupro e execução de jovem estrangulada

Os aparelhos celulares dos dois acusados de estuprarem e estrangularem a jovem Nayara Pereira Quintino, 23 anos, em Querência (972 km de Cuiabá), serão periciados a pedido do delegado Marcos Leão, responsável pelo inquérito. A polícia está atrás de possíveis imagens que teriam sido gravadas durante a sessão de tortura, que teria durado cerca de seis horas. Segundo o delegado, os acusados teriam relatado que a intenção era humilhar a vítima e que a gravação do episódio pode ter ocorrido mesmo.

Jhonatan Rodrigues de Souza, 19 anos, que trabalhava com Nayara, confessou o crime e disse que agiu por ter sido convidado pelo esposo da vítima, Washington Luis Pereira Martins, vulgo Zoreia, 29 anos, que ainda assistiu a toda a sessão de tortura e ordenou a execução da moça ao final. “Ele disse que foi Washington que segurou a lanterna para iluminar o quarto e ordenava as torturas e estupro da vítima”, explicou o delegado.

Marcos Leão informou que deve ir a Canarana na quarta-feira (30), para ouvir novamente os acusados. Ele pretende também fazer uma acareação entre eles. Os suspeitos estão em cela separada mesmo porque Jhonatan teria dito que fora ameaçado de morte por Washington porque o entregou. O marido de Nayara continua negando envolvimento no crime.

A polícia está atrás do aparelho da vítima, que teria sido utilizado por Jhonatan no dia seguinte para falar com Washington e as imagens das cenas de violência podem estar nesse aparelho. Outro aparelho foi encontrado dentro do carro de Nayara, mas não foi identificado a quem pertence. 

Jhonatan alega que matou Nayara porque era esnobado por ela e foi convidado por Washington, que participou do crime, porque era traído pela vítima. Durante as sessões de torturas, o marido perguntava a Nayara, amarrada na cama e,sendo torturada, se ela ainda o iria trair. E depois de seis horas de humilhação, inclusive com o estupro, o esposo teria mandado que Jhonatan a matasse e saiu do quarto.

Nayara chegou a ser asfixiada com uma sacola plástica, porém os médicos legistas afirmam que ela só morreu na tarde do dia seguinte, tendo agonizado por mais de 12 horas.