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Testemunha de acusação, Geraldo Palmeira disse em depoimento que Josino teria tramado a morte de Leopoldino em reunião com desembargadores
Juiz aposentado envolve autoridades
Josino Guimarães e uma das testemunhas de acusação, o juiz aposentado Geraldo Palmeira (destaque): julgamento deve durar
No primeiro dia do julgamento de Josino Guimarães, iniciado ontem, o principal depoimento foi feito por vídeo conferência pelo juiz mato-grossense aposentado José Geraldo Palmeira, que hoje vive no Estado de Alagoas. Ele foi arrolado como testemunha de acusação pelo Ministério Público Federal e fez declarações que ligam autoridades do Judiciário ao assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral, morto com dois tiros no dia 7 de setembro de 1999.
Palmeira disse que o sargento PM José Jesus de Freitas lhe relatou que participou de uma reunião da qual teria participado Odiles Freitas, Paulo Lessa e outros desembargadores e o empresário Josino Guimarães para combinar a morte dele e de Leopoldino Marques do Amaral.
O encontro teria acontecido, segundo ele, dias antes da morte de Leopoldino, na casa do próprio Josino Guimarães. O acerto seria de pagar R$ 100 mil pela execução. O sargento Jesus, assassinado com 9 tiros em abril de 2002, seria autor de outras graves acusações.
Palmeira contou que chegou a procurar o desembargador Odiles Freitas, que negou a acusação. Diante de tal ocorrência, diz o juiz aposentado, avisou Odiles que caso algo acontecesse com ele sua família saberia a quem acusar.
Na ocasião, diz, Jesus chegou a lhe dizer que por uma semana um carro vigiou o prédio onde ele morava para seguir os seus passos. Palmeira observa que, como juiz, estava de férias e praticamente não saiu do apartamento. Mais ou menos dois dias antes da morte de Leopoldino um carro semelhante ao descrito por Jesus seguiu sua esposa e seu filho no trajeto até um salão de beleza.
No dia seguinte à morte de Leopoldino, relatou Palmeira, segundo ouviu do sargento Jesus, teria havido um encontro em um bar da Avenida Getúlio Vargas, com a presença de dois integrantes de uma máfia chinesa, para comemorar o assassinato do juiz.
Dois dias depois da morte de Leopoldino, em 9 de setembro, Palmeira afirma que relatou em um e-mail enviado ao seu advogado, Zaid Arbid, as revelações feitas por Jesus, documento que posteriormente chegou ao conhecimento da Justiça Federal. No depoimento, Palmeira confirmou o envio da mensagem.
Já o agente da Polícia Federal, hoje secretário adjunto de Segurança do Estado, Alexandre Bustamante, declarou que durante as investigações da morte de Leopoldino o sargento Jesus, que era informante da PF, contou, em reunião com o delegado que apurava o caso, ter recebido proposta de Josino para dar um “fica quieto” no juiz que se tornara um problema para o Judiciário.
Um dos advogados de defesa de Josino Guimarães, João Cunha, pediu ao juiz presidente do Tribunal do Júri, Rafael Vasconcelos, para intimar os desembargadores nominalmente citados, Lessa e Odiles, para depor hoje no julgamento para que pudessem esclarecer os fatos e sair “desse ouvi dizer do sargento Jesus”.
O procurador do MPF que atua no caso, Douglas Araújo, manifestou-se contrário ao pedido, observando que o depoimento de Palmeira foi tomado por videoconferência há um bom tempo e era do conhecimento da defesa do réu. A menos que a defesa os levasse até o fórum.
O juiz Rafael Vasconcelos indeferiu o pleito de Cunha, argumentando que precisaria de 24 horas para intimar alguém, além de essas acusações os colocarem como co-réus, não possibilitando, portanto, que fossem ouvidos como testemunhas ou informantes.
Paulo Lessa afirmou ontem que atenderá a imprensa para falar sobre o assunto na manhã desta quarta-feira.
Palmeira disse que o sargento PM José Jesus de Freitas lhe relatou que participou de uma reunião da qual teria participado Odiles Freitas, Paulo Lessa e outros desembargadores e o empresário Josino Guimarães para combinar a morte dele e de Leopoldino Marques do Amaral.
O encontro teria acontecido, segundo ele, dias antes da morte de Leopoldino, na casa do próprio Josino Guimarães. O acerto seria de pagar R$ 100 mil pela execução. O sargento Jesus, assassinado com 9 tiros em abril de 2002, seria autor de outras graves acusações.
Palmeira contou que chegou a procurar o desembargador Odiles Freitas, que negou a acusação. Diante de tal ocorrência, diz o juiz aposentado, avisou Odiles que caso algo acontecesse com ele sua família saberia a quem acusar.
Na ocasião, diz, Jesus chegou a lhe dizer que por uma semana um carro vigiou o prédio onde ele morava para seguir os seus passos. Palmeira observa que, como juiz, estava de férias e praticamente não saiu do apartamento. Mais ou menos dois dias antes da morte de Leopoldino um carro semelhante ao descrito por Jesus seguiu sua esposa e seu filho no trajeto até um salão de beleza.
No dia seguinte à morte de Leopoldino, relatou Palmeira, segundo ouviu do sargento Jesus, teria havido um encontro em um bar da Avenida Getúlio Vargas, com a presença de dois integrantes de uma máfia chinesa, para comemorar o assassinato do juiz.
Dois dias depois da morte de Leopoldino, em 9 de setembro, Palmeira afirma que relatou em um e-mail enviado ao seu advogado, Zaid Arbid, as revelações feitas por Jesus, documento que posteriormente chegou ao conhecimento da Justiça Federal. No depoimento, Palmeira confirmou o envio da mensagem.
Já o agente da Polícia Federal, hoje secretário adjunto de Segurança do Estado, Alexandre Bustamante, declarou que durante as investigações da morte de Leopoldino o sargento Jesus, que era informante da PF, contou, em reunião com o delegado que apurava o caso, ter recebido proposta de Josino para dar um “fica quieto” no juiz que se tornara um problema para o Judiciário.
Um dos advogados de defesa de Josino Guimarães, João Cunha, pediu ao juiz presidente do Tribunal do Júri, Rafael Vasconcelos, para intimar os desembargadores nominalmente citados, Lessa e Odiles, para depor hoje no julgamento para que pudessem esclarecer os fatos e sair “desse ouvi dizer do sargento Jesus”.
O procurador do MPF que atua no caso, Douglas Araújo, manifestou-se contrário ao pedido, observando que o depoimento de Palmeira foi tomado por videoconferência há um bom tempo e era do conhecimento da defesa do réu. A menos que a defesa os levasse até o fórum.
O juiz Rafael Vasconcelos indeferiu o pleito de Cunha, argumentando que precisaria de 24 horas para intimar alguém, além de essas acusações os colocarem como co-réus, não possibilitando, portanto, que fossem ouvidos como testemunhas ou informantes.
Paulo Lessa afirmou ontem que atenderá a imprensa para falar sobre o assunto na manhã desta quarta-feira.
Fonte:
Do DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/67182/visualizar/
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