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Nacional
Terça - 29 de Novembro de 2011 às 18:52

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Com os braços cruzados e aparentando tensão, a ex-cabeleireira Adriana Ferreira de Almeida, viúva do milionário René Senna, assistiu em silêncio ao depoimento do seu amante, o motorista de van Robson Andrade de Oliveira. Concentrada, ela recusou o café com biscoitos oferecido pelo tribunal ao júri, réus e advogados.

Robson contou que teve um relacionamento de alguns meses com Adriana em 2005 e que eles voltaram a se encontrar no segundo semestre de 2006, quando ela já estava com Renné. A ex-cabeleireira dizia não aguentar mais viver com o milionário, com quem brigava com frequência.

Segundo o motorista, Adriana pretendia se separar e disse que tinha tudo o que queria em bens materiais, mas não tinha liberdade nem mantinha relações sexuais com Renné.

Reprodução
O ganhador da Mega-Sena assassinado, René Senna, e a viúva, Adriana Ferreira Almeida
O ganhador da Mega-Sena assassinado, René Senna, e a viúva, Adriana Ferreira Almeida

Os dois passaram juntos o ano novo de 2006 para 2007 em Cabo Frio e no dia 4 de janeiro Oliveira ajudou Adriana a levar um caminhão de mudança para o apartamento que ela havia comprado, sem o conhecimento do milionário, em Arraial do Cabo.

A ex-cabeleireira chegou a convidar o motorista para morar com ela, mas Oliveira, que estava saindo com outra pessoa, não respondeu.

No dia 4 à noite Adriana brigou novamente com Renné e foi com Oliveira para o apartamento, afirmando que não voltaria para o milionário. Ela decidiu voltar no dia 5, após receber um telefonema que Oliveira não soube identificar de quem era.

Oliveira disse ainda que ficou sabendo da morte de Renné, no dia 7, por Adriana que o telefonou à noite muito nervosa. Depois disso, eles se afastaram devido à turbulência na vida da ex-cabeleireira.

O CASO

Senna foi morto em 2007, dois anos após ganhar R$ 51,8 milhões na Mega-Sena. A viúva teria se aliado a uma amiga e a quatro ex-seguranças do milionário para cometer o crime.

Deficiente físico --Senna teve as duas pernas amputadas por causa da diabetes--, o ex-lavrador foi morto com quatro tiros na cabeça em um bar em Rio Bonito. Almeida é apontada como a mandante do crime.

O ex-PM Anderson Sousa e o funcionário público Ednei Gonçalves Pereira, acusados de serem os autores dos disparos, foram condenados, em julho de 2009, a 18 anos de prisão pelo assassinato de Senna e pelo crime de furto qualificado.

Janaína, julgada hoje, é amiga de Almeida e esposa de Sousa.

Em junho o juiz Marcelo Chaves Espíndola, da comarca de Rio Bonito, julgou improcedente o pedido de reconhecimento de união estável entre Almeida e Senna.

Desde a morte de René, a cabeleireira trava uma batalha judicial com Renata Almeida Senna, única filha do milionário, pelos bens deixados pelo ex-lavrador. O pedido de reconhecimento de união estável foi feito pela própria acusada.






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