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Terça - 29 de Novembro de 2011 às 07:35
Por: ANA ADÉLIA JÁCOMO

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Um projeto curioso está gerando uma certa polêmica na Capital. O vereador Marcus Fabrício (PTB) apresentou a ideia de obrigar as casas noturnas a fornecerem água mineral gratuitamente em bebedouros para os clientes. O mais estranho é a motivação do nobre parlamentar: o risco de mortes por ataque cardíaco causado por desidratação devido ao excessivo consumo de drogas.

Copiando uma iniciativa paulista, o mato-grossense diz que “o raciocínio da matéria é simples e eficaz. Um copo de água mineral em uma danceteria custa tanto quanto uma lata de cerveja. Entre um e outro, o jovem vai preferir gastar seu dinheiro com a bebida alcoólica”.

Sendo a maior motivação do vereador proteger a saúde dos usuários de drogas, ele atropela todas as ações de combate ao uso protagonizados pelo Governo do Estado. Em 23 de novembro, o governador lançou o Plano Estadual de Combate às Drogas. Várias secretarias, além de organizações não-governamentais e privadas, aderiram ao programa, que visa a recuperar viciados, mesmo compulsoriamente.

Além disso, todas as secretarias envolvidas terão que “doar” 1% de seu orçamento para patrocinar o combate ao tráfico. Vale lembrar que a partir de 30 de novembro a Lei antifumo também entra em vigor em Mato Grosso. Ficará proibido o uso de cigarros em lugares fechados, como casas noturnas.

De acordo com o projeto de lei de Marcus Fabrício, em caso de não cumprimento da lei o responsável estará sujeito a uma multa que varia de R$ 500 a R$ 5 mil. Em caso de reincidência, o estabelecimento pode até ser fechado. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a Vigilância Sanitária seriam as responsáveis pela fiscalização.

Para o proprietário do Club Garage, em Cuiabá, Zeca Paniago, o projeto do vereador, caso seja aprovado, não deve gerar um grande impacto financeiro na receita dos estabelecimentos. Contudo, ele diz que considera importante servir água grátis para todos os clientes, mas focar nos usuários de drogas iria contra os conceitos da casa. “Eu prefiro nem pensar que vou colocar bebedouro para esse fim. Eu quero é combater o uso e não incentivar e ser conivente”, diz.

Zeca afirma que a empresa trabalha com a política de prevenção e, para evitar o consumo, os seguranças fariam revistas na entrada da boate, além de haver câmeras em todos os salões, que identificariam possíveis ações suspeitas de tráfico e uso de drogas. Até mesmo os banheiros abrigariam olheiros, que vigiariam a freqüência com que os clientes usam o espaço. “Não tem como ver dentro das cabines, mas podemos controlar o fluxo de entrada e saída. Não aceitamos uso de drogas aqui. O interessante é combater a prática e não ao contrário”.




Fonte: Do GD

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