Polícia investiga rompimento de silo que soterrou trabalhadores no Rio Grande do Sul

As buscas aos dois trabalhadores soterrados após rompimento de silo na sexta, dia 25, foram retomadas na manhã deste sábado, dia 26, pelo Corpo de Bombeiros em Júlio de Castilhos, no Rio Grande do Sul. Enquanto as buscas eram realizadas, o delegado da Polícia Civil, Gabriel Zanella, responsável por investigar o caso, reunia evidências sobre como a estrutura de armazenamento de grãos, com 48 mil sacas de trigo, se rompeu.

Apesar de o caso ter sido registrado como acidente de trabalho com morte, a investigação de uma equipe do Instituto-geral de Perícias (IGP) será decisiva para a conclusão do inquérito. Não está descartada a possibilidade de indiciamento por homicídio culposo (sem intenção de matar), caso fique provado que houve falhas nos procedimentos de segurança.

- É uma investigação complexa e muito técnica. Além de ouvir testemunhas, dependendo da causa apurada pela equipe de engenharia legal do IGP, se houver culpa, poderá haver indiciamentos - explica o delegado.

O gerente da unidade Rodrigo Daronco negou falhas nos procedimentos de segurança. Segundo ele, os silos são vistoriados diariamente por uma equipe de segurança do trabalho. Daronco afirmou que a manutenção dos silos estava em dia.

A empresa permitiu a entrada no local somente de funcionários e autoridades. A Polícia Civil isolou a área porque há riscos de novos desabamentos.