Chanceler austríaco pressiona por maior intervenção do BCE

O chanceler austríaco Werner Faymann pediu neste domingo que o BCE (Banco Central Europeu) assuma um papel mais significativo na crise das dívidas soberanas e apoie a proposta dos eurobonds.

"O Banco Central Europeu assumiu uma função neste momento de comprador [de títulos governamentais] e poderia executar um papel mais significativo de vários maneiras", disse Faymann, citado pela Agência Austríaca de Notícias.

Ele afirmou que o ECB poderia ajudar, por exemplo, providenciais mais garantias via ESM, ou pelo fundo de suporte financeiro EFSF, sem dar maiores detalhes.

O BCE já gastou perto de US$ 200 bilhões euros em compras de títulos governamentais desvalorizados, mas falhou em trazer as taxas de retorno (a remuneração) desses ativos mais próxima do patamar dos títulos alemães, a referência para estes mercados.

No sábado, o integrante do banco central Juergen Stark descreveu a pressão sobre o BCE como "enorme" e disse que sua independência estava ameaçada por pedidos dessa natureza.

A instituição insiste que o ônus de resolver a crise da dívidas é dos governos.

E a Alemanha, principal influência sobre o BCE, tem bloqueado compras de títulos de maior monta ou mesmo a emissão de um título conjunto da zona do euro, as duas mais comentadas "rotas de saída" para a crise atual.