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Domingo - 27 de Novembro de 2011 às 07:58

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O clássico entre Palmeiras e São Paulo deste domingo será marcante de maneiras distintas para dois ídolos desses times, Luís Fabiano e Valdivia. Na partida eles vão jogar para encerrar bem um ano que foi ruim para eles. E o mais interessante é que ambos já viveram momentos importantes contra seus rivais.

Luís Fabiano e Valdivia terão no Pacaembu a chance de mostrar que as lesões já não existem nem os atrapalham, com maior pressão - e esperança - sobre o comandado de Luiz Felipe Scolari. Como em 2010, o chileno passou mais tempo no departamento médico do que em campo nesta temporada, mas, na vitória sobre o Bahia no último fim de semana, deu mostras de que está perto de readquirir seu futebol.

Maioria no estádio neste domingo, a torcida palmeirense não esquece do que seu camisa 10 fez contra o rival do Morumbi na segunda semifinal do Paulisto de 2008. Dono de grande atuação, Valdivia fechou a vitória por 2 a 0 no Palestra Itália e comemorou seu gol fazendo sinal para Rogério Ceni se calar - o goleiro revidou empurrando seu rosto -, balançando os braços em sinal de que o oponente estava eliminado e dançando.

Valdivia já chegou a enfrentar o São Paulo em 2011, participando do gol palmeirense marcado por Adriano Michael Jackson no empate por 1 a 1 no Morumbi pelo Estadual, mas é a recordação do meia de mais de três anos atrás que desperta fé não só na torcida, mas também em seus colegas.

"Todo mundo acredita no Valdivia, que é um jogador com potencial muito grande. Estando bem fisicamente, ele ajuda da melhor maneira, que é com passes e gols. É um jogador inteligente e decisivo", enalteceu Ricardo Bueno. "Quem não gostaria de ter o Valdivia no time? Ele é indispensável", sintetizou Marcos Assunção.

Até Osório Furlan Júnior, empresário que detém parte dos direitos econômicos do Valdivia e que já o criticou publicamente, acredita no renascimento do astro, que enfim passou a se entender com Luiz Felipe Scolari e, segundo ele, diminuiu o desgaste em saídas noturnas. "Ele bateu muito a cabeça neste ano. Agora, parece que a está botando no lugar", falou Furlan, também conselheiro do Palmeiras.

Para aumentar ainda mais a expectativa sobre o chileno, Felipão resolveu fazer mistério em relação ao meia, desconversando sobre a chance de colocar o atleta entre os titulares. Mas, como está bem clinicamente, Valdivia deve estar em campo no Pacaembu.

Apoio mais irrestrito tem Luís Fabiano. Sua reestreia no São Paulo em 2011 foi adiada por sete meses devido à lesão em tendão próximo ao joelho direito. Após obter aval para entrar em campo, demorou oito jogos para marcar seu primeiro gol no Brasileiro. Mas, quando desencantou, virou herói: balançou as redes quatro vezes nas duas únicas vitórias da equipe nas últimas 12 rodadas do torneio.

Números que animam até para uma vingança. O último clássico disputado pelo camisa 9 foi exatamente diante do Palmeiras, em junho de 2004, pouco após uma traumática eliminação nas semifinais da Libertadores diante do Once Caldas, na Colômbia. O clássico também foi no Pacaembu, e teve sabor ainda pior ao camisa 9.

Chamado de "pipoqueiro" pela torcida, o centroavante perdeu pênalti e o time acabou derrotado por 2 a 1. Até Rogério Ceni deixou o campo vaiado, com vontade de se aposentar. A lembrança ruim, entretanto, é deixada de lado em nome do bom momento que aparece justamente na reta final da busca por vaga na Libertadores.

"O Luís Fabiano ajuda muito, é de suma importância", definiu Rhodolfo. "A qualidade do Luis Fabiano é indiscutível. Ele tem um faro de artilheiro, chega ao ataque e faz gols", enalteceu Cicero. Ambos têm a convicção que domina o elenco: se o artilheiro, mais cara contratação da história do São Paulo, estivesse à disposição antes, a briga do time seria pelo título brasileiro.

"Ele ficou muito tempo parado, mas já tem quatro gols no Brasileiro. Passou a ser o homem-gol que o São Paulo contratou quando se recuperou. Temos até o poupado um pouco porque de vez em quando tem dor muscular por gostar de chutar muito a gol em qualquer atividade. É algo nato do artilheiro. Se tivéssemos contado com ele antes, estaríamos com mais gols. E mais gols significam mais pontos", lamentou Emerson Leão






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