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Nacional
Sexta - 25 de Novembro de 2011 às 13:41

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Reprodução/RPCTV
Os bebês foram
Os bebês foram "destrocados" e já estão com as verdadeiras famílias.

Duas famílias de Curitiba descobriram que tiveram seus bebês trocados na maternidade. Ambas as meninas nasceram no dia 3 de outubro deste ano, com meia hora de diferença, no mesmo hospital. A confirmação veio através de um teste de DNA, e fez com que os pais entrassem em acordo para “destrocar” as crianças, o que ocorreu na quarta-feira (23).

De acordo com o Centro Médico Comunitário do Bairro Novo, onde ocorreu a situação, no dia do nascimento uma enfermeira do hospital percebeu que as crianças estavam com as fitas relativas ao nome trocadas. Ela informou à médica pediatra de plantão, que por sua vez avisou a direção do hospital.

A maternidade do Bairro Novo é de responsabilidade do Hospital Evangélico de Curitiba. O diretor do hospital, Maurício Marcondes, confirmou o erro, e disse que alertou as famílias da possibilidade ainda no primeiro dia de vida dos bebês. “Imediatamente, a partir desta suspeita, foram reunidos os familiares, falado essa possibilidade e deflagrado um processo para que verificasse a paternidade definitiva da crianças”, explicou.

Foi um baque, na hora parece que perdi o chão"
Gilciléia Marques, uma das mães

Mesmo com o alerta, os pais entenderam que a troca havia sido apenas da fita com os nomes, e levaram os bebês para casa. Quando o resultado do exame ficou pronto, ambos os casais retornaram ao hospital e receberam a notícia. “Foi um baque, na hora parece que perdi o chão, um gelo no meu coração. Eu olhava para ela e não queria deixar ela ir, porque ela era minha”, afirmou Gilciléia Marques, uma das mães.

Diante da falta de aceitação das famílias, outro exame foi requisitado – com o mesmo resultado. Desta vez, os casais entraram em consenso, e resolveram efetuar a “destroca”. Mesmo feliz por ter a filha verdadeira em casa, Jonatas Ramos, pai de uma das meninas, admite a saudade. “Dou graças a Deus que a outra família é boa e mora perto. Agora tenho duas filhas”, disse. Desde quarta-feira, as família têm se encontrado todos os dias.

Outra versão
O advogado que representa as duas famílias, Ricardo Villanueva, sustenta uma versão diferente da apresentada pela maternidade. Ele diz que o hospital só agiu depois que uma das famílias havia sido informada extraoficialmente da suspeita de troca. Segundo o advogado, somente essa família realizou exame de DNA em um primeiro momento. Na versão de Villanueva, foi esse primeiro casal que entrou em contato com o outro, antes mesmo do hospital.

Para Villanueva, o fato de o hospital ter admitido o erro não é suficiente. “O constrangimento, o eventual problema psicológico que pode ocasionar nas mães, bem como nos pais e na própria criança, isso pode ser uma maneira de ser solicitado judicialmente uma reparação”, disse. Ele pretende requisitar reparação por danos morais e materiais.

Além das sanções, uma investigação foi solicitada ao Ministério Público, já que o Hospital Evangélico não instaurou uma sindicância interna para apurar a reponsabilidade da falha.






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