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Sexta - 25 de Novembro de 2011 às 12:30
Por: Débora Siqueira

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O sistema de informação sobre drogas dos Municípios brasileiros – Observatório do Crack – da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revela que 26 cidades mato-grossenses convivem com uma realidade de alto consumo de crack. No Estado, 112 dos 141 municípios brasileiros informaram ao sistema uma verdadeira situação de epidemia das drogas. Cento e sete deles tem problemas com a droga.

O baixo preço da pedra e a facilidade de acesso tem levado cada vez mais a interiorização do consumo da drogas em pequenas cidades. O mapa do Observatório do Crack mostra o elevado uso do crack em pequenas cidades como Poxoréu, Novo São Joaquim, Nova Brasilândia, União do Sul e Nova Xavantina, por exemplo.

Dos quatro maiores municípios de Mato Grosso, Cuiabá não informou a situação, Várzea Grande tem baixo consumo de crack e Rondonópolis e Sinop estão com médio consumo do derivado da pasta base da cocaína.

Em Rondonópolis, conforme o Departamento Municipal de Ações Programáticas, as principais drogas consumidas na cidade são o álcool, pasta base de cocaína, maconha, crack e cocaína.

O Observatório do Crack foi apresentado à Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas da Câmara dos Deputados. Em sua participação na audiência pública do grupo de trabalho, na terça-feira (22), o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, mostrou os dados das coletas junto às prefeituras e o descaso do poder público com a epidemia da droga no País.

De acordo com apresentação feita por Ziulkoski, a Lei Orçamentária Anual (LOA) previa para a gestão de Política Nacional Sobre Drogas a aplicação de R$ 124 milhões em 2010, mas só foram efetivamente investidos R$ 5,3 milhões. “Cinco milhões é menos do que Araraquara (SP) gasta em um Caps [Centro de Atenção Psicossocial] que eles tem lá”, citou para exemplificar o valor aplicado em relação à necessidade existente. “Em 2011, foram colocados R$ 33 milhões, e até 31 de outubro foram executados R$ 4,7 milhões”, apresentou com base nos dados da Gestão Nacional de Política Nacional sobre Drogas.

De acordo com a nova pesquisa divulgada pela CNM, as principais áreas afetadas pelo consumo de crack são a saúde, pois existe fragilidade da rede de atenção básica ao usuário de drogas; segurança pública, pelo aumento de roubos e assassinatos; assistência social, com abandono da vida familiar e social; e na educação, devido ao baixo rendimento e evasão escolar do usuário.






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