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Internacional
Sexta - 25 de Novembro de 2011 às 03:54

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Três bombas explodiram na quinta-feira na cidade portuária de Basra, no sul do Iraque, deixando pelo menos 19 mortos e 65 feridos.

Basra, 420 quilômetros a sudeste de Bagdá, é a principal cidade do sul do Iraque, região habitada majoritariamente por xiitas, além de ser o principal terminal de exportação de petróleo do país.

  France Presse  
Forças de segurança iraquianas no local de explosão no sul do Iraque; ao menos 19 morrem
Forças de segurança iraquianas no local de explosão no sul do Iraque; ao menos 19 morrem

A partir de sexta-feira, a cidade receberá uma importante conferência reunindo funcionários nacionais e internacionais do setor, inclusive de empresas como Exxon e Shell.

A primeira bomba estava escondida em um triciclo motorizado e as outras explodiram depois que forças de segurança chegaram ao mercado, onde são vendidos motocicletas usadas, celulares, material de construção e outros produtos.

"O número de vítimas é de 19 e de feridos, 65", afirmou Riyadh Abdul-Amir, diretor-geral do Departamento de Saúde de Basra.

Uma fonte policial colocou o número em 20 mortos e 65 feridos.

Noufal Hassan, dono de uma loja de celulares nos arredores, disse ter ouvido as duas primeiras explosões no "Mercado dos Ladrões."

"Imediatamente saí da minha loja e vi sangue (...). Braços, mãos e pernas, corpos espalhados pelas ruas. As lojas mais próximas estavam em ruínas, e carros estavam queimados."

SEGURANÇA

Os atentados ilustram a frágil situação da segurança no Iraque a poucas semanas da retirada dos últimos 18 mil soldados dos EUA, encerrando definitivamente uma ocupação militar que durou quase nove anos.

Autoridades iraquianas já alertaram que militantes podem intensificar seus ataques com a retirada das tropas norte-americanas. Todos os meses, insurgentes sunitas e milícias xiitas realizam atentados a bomba e de outros tipos.

Fontes hospitalares disseram que os atentados em Basra mataram dez pessoas e feriram 55. Uma fonte policial disse que foram 12 mortos e 42 feridos.

A maioria das vítimas era de policiais e militares, incluindo alguns de alta patente, segundo Ali al Maliki, chefe do comitê provincial de segurança. "As impressões digitais de baathistas e da Al Qaeda estão claras nessas explosões", disse ele.

As autoridades iraquianas frequentemente acusam ex-integrantes do Partido Baath, que governava o país durante o regime de Saddam Hussein, de tentar desestabilizar a frágil coalizão atual, encabeçada pelo primeiro-ministro Nuri al-Maliki.

O governo recentemente prendeu mais de 600 ex-comandantes militares e baathistas, acusando-os de tramar a tomada do poder após a desocupação norte-americana.

Em Ramadi, oeste, uma bomba explodiu em um mercado lotado, deixando cinco feridos, segundo a polícia.






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