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Politica MT
Quinta - 24 de Novembro de 2011 às 14:16
Por: Romilson Dourado

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O Ministério Público vai abrir investigação para apurar denúncias de que o presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Júlio Pinheiro, do mesmo PTB do prefeito Chico Galindo, estaria "infiltrando" apadrinhados políticos na lista de futuros contemplados com casas populares, tanto nos projetos conduzidos somente pelo município quanto dentro do programa Minha Casa, Minha Vida. Júlio já respondeu pela presidência da Agência Municipal de Habitação na gestão Wilson Santos e mantém até hoje na estrutura pessoas que atuam como seus cabos eleitorais. A Agência está hoje sob João Emanuel, suplente de vereador e filiado ao recém-criado PSD.

Pinheiro foi exonerado da Habitação na época, um dia após ser chamado de incompetente por Wilson por causa de uma desorganizada solenidade para entrega de casas no Jardim Paraná, único conjunto habitacional que o então gestor conseguiu finalizar, em meio a um clima tenso por causa da falta de estrutura e das ameaças de invasão.

Segundo a denúncia, Júlio Pinheiro estaria usando pessoas indicadas por ele na Agência para não só fazer o cadastramento, mas também para ajudar no esquema de "furar" a fila. Nem critérios estabelecidos pelo governo federal e pela Caixa Econômica estariam sendo considerados. Mesmo que a CEF avalie o perfil de quem se inscreve dentro do processo seletivo para conseguir uma casa popular, prevalece, em muitos casos, a listagem definida pela prefeitura. É aí que entram pessoas indicadas pelo presidente da Câmara, segundo a denúncia que será apurada pelo MP. Ao menos 5 famílias estariam dispostas a contar, em detalhes, como funciona o esquema.

Perfil

Júlio Pinheiro é uma figura emblemática. Trata-se de um empresário falido. Muitos definem-no como político matreiro que conta com a sorte na vida pública. No dia-a-dia, ele se mostra um exímio articulador político mas, por outro lado, é criticado pela falta de zelo para com a coisa pública. Até então suplente, Pinheiro voltou a ocupar cadeira de vereador por causa da cassação do mandato de Ivan Evangelista (PPS). Se articulou e chegou ao posto de presidente da Câmara, que recebe duodécimo de aproximadamente R$ 2 milhões mensais. Recentemente, assumiu a prefeitura, enquanto o colega Galindo esteve de férias, e sancionou a polêmica lei da concessão dos serviços de água e esgoto





Fonte: Rdnews

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