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Governo do Estado lança plano de combate às drogas para tentar atacar um problema que a cada dia atinge um número cada vez maior de famílias
O Plano do governo e a cruel realidade
Por sua própria natureza, as políticas públicas são limitadas: sendo algo em que cada cidadão financia um determinado percentual (através dos impostos), elas não podem obviamente atender a todos integralmente.
Mas no Brasil as políticas públicas, em sua grande maioria (além de serem naturalmente insuficientes), ou estão distantes da realidade daqueles para quem elas foram propostas, ou chegam atrasadas. Não raro esses dois problemas combinados.
Ontem pela manhã, em Cuiabá, dois fatos aparentemente sem relação, mas que aconteceram praticamente ao mesmo tempo — e a menos de um quilômetro um do outro —, mostram a enorme distância que pode haver entre uma política pública e a vida em sua cruel realidade.
Quis o destino que, quase no mesmo instante em que o Governo do Estado lançava no Palácio Paiaguás o Plano Estadual de Combate às Drogas, ali pertinho, no Residencial Paiaguás, a contadora Sirlei de Morais estava sendo brutalmente assassinada por seu irmão, um viciado em drogas, que estava sob o efeito das drogas.
Que o Plano Estadual é necessário, não se pode discutir; da intenção de quem deve tirá-lo do papel, não há por que duvidar. Mas para Sirlei de Morais ele chegou um pouco atrasado. Pelo menos para ela, veio tarde, irremediavelmente tarde demais.
Mas no Brasil as políticas públicas, em sua grande maioria (além de serem naturalmente insuficientes), ou estão distantes da realidade daqueles para quem elas foram propostas, ou chegam atrasadas. Não raro esses dois problemas combinados.
Ontem pela manhã, em Cuiabá, dois fatos aparentemente sem relação, mas que aconteceram praticamente ao mesmo tempo — e a menos de um quilômetro um do outro —, mostram a enorme distância que pode haver entre uma política pública e a vida em sua cruel realidade.
Quis o destino que, quase no mesmo instante em que o Governo do Estado lançava no Palácio Paiaguás o Plano Estadual de Combate às Drogas, ali pertinho, no Residencial Paiaguás, a contadora Sirlei de Morais estava sendo brutalmente assassinada por seu irmão, um viciado em drogas, que estava sob o efeito das drogas.
Que o Plano Estadual é necessário, não se pode discutir; da intenção de quem deve tirá-lo do papel, não há por que duvidar. Mas para Sirlei de Morais ele chegou um pouco atrasado. Pelo menos para ela, veio tarde, irremediavelmente tarde demais.
Fonte:
Da Editoria
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/67944/visualizar/
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