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Polícia Brasil
Quarta - 23 de Novembro de 2011 às 12:16
Por: VÂNYA SANTOS/GABRIEL MAYMONE

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A operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado ) - denominada de Alvorada Vorz - e executada pelo Cigcoe (Companhia de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) desde às 5h desta quarta-feira (23) está  ocorrendo, além de Campo Grande, em outros seis municípios.

O objetivo é prender os "peixes graúdos" do crime organizado, principalmente do contrabando de cigarros do qual participam inclusive nove policiais militares. Extra-oficialmente um deles seria de alta patente.

O trabalho é o desdobramento de operações anteriores quando algums PMs e civis foram presos.

Foram expedidos 18 mandados de prisão e 38 mandatos de busca e apreensão para cumprimento nos municípios de Eldorado, Naviraí, Brasilândia, Caracol, Antônio João e Porto Murtinho. 

Na Capital, uma casa foi cercada nesta manhã na Rua das Garças, Vila Célia, onde mora um PM identificado como Nivaldo. A casa teve que ser arrombada para cumprimento do mandado de busca, apreensão e prisão.

Mas nada foi encontrado. O PM, de acordo com informações preliminares, estaria na casa da namorada na cidade de Tacuru, divisa com o Paraguai.

Prisões 

O chefe do grupo, Carlos Grejiann, 51 anos, conhecido como ""Polaco"", já teria sido preso em Eldorado. Da organização criminosa, de acordo com informações policiais, participariam ainda seus dois filhos. 

Em Brasilândia, o fiscal da Receita Federal identificado como Aparecido Costa, 29 anos,vulgo "Cido Bala" também estaria preso.

O Gaeco deverá dar informações mais detalhada ainda no dia de hoje em coletiva à imprensa.

Assassino de auditor

Alcides Carlos Grejianim é considerado um dos maiores contrabandistas de cigarros da região de fronteira com o Paraguai. Ele foi preso em março de 2010 em Porto Murtinho acusado de movimentar, à época, cerca de R$ 5 milhões por mês em "muambas".
 
Ele também foi acusado de envolvimento no assassinato do auditor da Receita Federal Carlos Renato Zamo, cujo corpo foi encontrado carbonizado no ano de 2006, na margem da MS-295, no interior de uma caminhonete.
 
Durante as investigações à época, a Polícia Federal prendeu “Polaco” e outros supostos envolvidos, entre eles, o ex-prefeito da cidade de Eldorado Pedro Luiz Balan, que acabou solto depois de vencer a prisão temporária.
 
Durante as investigações, à época, o delegado da PF, Edgar Paulo Marcon, concluiu que o auditor da Receita Federal foi assassinado porque estava envolvido com a quadrilha de “Polaco” e pretendia deixar a facção. Os criminosos teriam prometido até um reajuste na mensalidade de US$ 8 mil que estaria sendo paga ao auditor. O ex-prefeito de Eldorado Pedro Luiz Balan, segundo a polícia, atuava como consultor da quadrilha, indicando rotas e formas de negociação.
 
 
Em 2007, “Polaco”  voltou a ser preso, desta vez durante a “Operação Contranicot” desencadeada pela Polícia Federal. Ele seria o líder de um grupo responsável pelo contrabando de mais de 5 mil caixas de cigarros a cada 30 dias, levadas para o estado de Goiás.





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