Prisioneiros estão usando redes sociais para ameaçar vítimas
Criminosos estão usando redes sociais dentro de prisões para fazer ameaças a novas ou antigas vítimas. É o caso, por exemplo, da norte-americana Lisa Gesik, que tem sofrido perseguições constantes via Facebook feitas por seu ex-marido, Michael Gladney, preso após sequestrar ela e a filha de 12 anos.
A polícia local alega não poder provar que seja, de fato, seu ex-marido o dono da conta no Facebook, embora a foto de perfil mostre o homem dentro da prisão. O medo de Gesik é agravado, ainda, pelo fato de que Michael pode deixar a cadeia em janeiro.
De acordo com o site Huffington Post, Gladney costumava aterrorizar a ex-companheira com telefonemas realizados por terceiros ou através de cartas. A ideia de utilizar o Facebook começou em junho desse ano. O site chegou a remover a primeira conta do criminoso. No entanto, em setembro, outro perfil voltou a persegui-la. “Se ele tem feito isso tudo de dentro da prisão, o que vai fazer quando sair?”, indagou Lisa Gesik.
Casos semelhantes ocorridos nos Estados Unidos indicam uma tendência. No estado da Califórnia, por exemplo, monitores de presídios acharam detentos utilizando redes sociais para perseguir vítimas ou realizar agressões verbais e/ou com conteúdo sexual. Segundo oficiais, determinar com certeza quem está por trás das ameaças não é uma tarefa fácil, o que torna raros os casos nos quais há consequências reais para os autores.
O problema não atinge somente vítimas antigas dos acusados. Segundo o advogado Timothy Heaphy, há casos em que os bandidos usam os sites de relacionamento para perseguir testemunhas antes de julgamentos.
Para conter o problema, o estado do Oregon aprovou uma lei que proíbe acusados de violência doméstica de contatarem suas vítimas. Na Califórnia, há um programa de cooperação com o Facebook para identificar os perfis abusivos. Essa medida, no entanto, só acontece após as ameaças já terem sido feitas.
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