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Quarta - 23 de Novembro de 2011 às 09:59
Por: FERNANDO DUARTE

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Prefeito Murilo Domingos, que teve mandato cassado pela Câmara de Várzea Grande
Prefeito Murilo Domingos, que teve mandato cassado pela Câmara de Várzea Grande

As audiências com as testemunhas de crimes eleitorais envolvendo o prefeito afastado de Várzea Grande, Murilo Domingos (PR), foram remarcadas para 18 de janeiro de 2012. Com a mudança a apuração dos fatos acontecerá quase quatro anos após as irregularidades, já que a suposta ação aconteceu na eleição municipal de 2008. A juíza responsável pelas audiências é Ester Nunes Dias.

Inicialmente marcada para ontem, às 14h, as oitivas não aconteceram porque parte das testemunhas não foi intimada. Ontem, eram esperadas ao menos oito testemunhas de supostos crimes eleitorais cometidos por Murilo, entre eles compra de votos, formação de quadrilha e crime de responsabilidade (infrações político-administrativas), conforme denúncias da Procuradoria da República.

Os réus no processo são, além do republicano, o ex-secretário de Esporte e Lazer de Várzea Grande, Edilson Baracat; a ex-candidata pelo PR à vereadora, Denize Baracat (irmã de Edilson); e o então procurador-geral do município, Antônio Carlos Roque. Além deles, também são apontados por participação nas ações Sidney da Silva e Nelchair Damaris da Silva.

Segundo a denúncia, os dois últimos eram responsáveis por "arregimentar eleitores e oferecer dinheiro àqueles dispostos a vender o voto em favor de Denize Baracat e Murilo". Em junho deste ano, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) apresentou um acórdão para a queixa-crime contra os acusados.

Em depoimento para a Polícia Federal em julho de 2009, Baracat afirmou que aguardava receber R$ 1,3 milhão de Murilo como forma de "indenização" da desapropriação de um terreno no município. O dinheiro, conforme o ex-secretário, seria usado para a compra de votos na eleição de 2008.

Devido a esse inquérito da PF, o Ministério Público apresentou denúncia contra os acusados e, por decisão unânime, o Pleno do TRE aceitou.

No mês de junho passado, o Diário divulgou que Edilson havia declarado à Polícia Federal que os recursos para a compra de voto viriam da própria prefeitura, com o pagamento da desapropriação do terreno de 900 metros quadrados. Essa área é onde foi construído o ginásio de esportes "Fiotão", na década de 80.

O inquérito policial apontou que "de posse de recursos públicos municipais desviados", os denunciados faziam as compras de votos. Para as ilegalidades se confirmarem, segundo as investigações, participaram o então procurador do município, Antônio Carlos Roque, e as "lideranças" da região Sidney e Nelchair, que haviam disponibilizado a lista dos nomes de eleitores.

O ex-secretário disse ainda que Murilo Domingos não arcou com "sua promessa", por ter se recusado a pagar juros e correções da desapropriação da área, avaliada em R$ 1,3 milhão. No lugar desse valor, recebeu apenas R$ 85 mil.





Fonte: Do DC

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