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Quarta - 23 de Novembro de 2011 às 08:08
Por: EUZIANY TEODORO

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Sede do MT Saúde, na Avenida do CPA: servidores denunciam sucateamento do plano de Saúde
Sede do MT Saúde, na Avenida do CPA: servidores denunciam sucateamento do plano de Saúde

O Fórum Sindical dos Servidores Estaduais - que reúne os diversos sindicatos ligados ao funcionalismo público em Mato Grosso - decidiu, em assembleia realizada no fim da tarde de terça-feira (22), que vai pedir uma intervenção imediata nas empresas que administram o programa MT Saúde, desde setembro passado.

Os servidores públicos devem oficializar, nesta quarta-feira (23), o pedido de demissão do presidente do plano de Saúde, Bruno Sá Freire Martins, além da investigação do destino de R$ 19 milhões pagos a duas empresas contratadas pelo instituto.

O presidente do Sindicato dos Servidores da Secretaria de Infraestrutura, José Carlos Calegari, por exemplo, apontou várias irregularidades no cadastro das duas empresas, Saúde Samaritano e Open Saúde.

A fim de acabar com essas irregularidades, o sindicato vai procurar o Ministério Público e a Assembleia Legislativa. "Nesta quarta, às 15 horas, vamos protocolar o pedido de intervenção no Ministério e, logo depois, vamos à Assembleia. Queremos que alguém tome uma atitude imediatamente", disse.

Segundo Calegari, as instituições estão irregulares diante do Ministério da Saúde. "A Open Saúde está sob intervenção do ministério. Isso só acontece quando a empresa tem pendências e irregularidades. Sendo assim, não podem gerir planos de saúde", explicou.

O sindicalista afirmou, ainda, que não conseguiu retirar a certidão negativa das empresas na internet, mais uma irregularidade, já que o contrato é público.

Para ele, as empresas estão faturando irregularmente. "Esse dinheiro é dos servidores. 70% do que eles recebem são os servidores que pagam. Se o Governo tem o objetivo de extinguir o MT Saúde, devia falar logo e não fazer a gente pagar por uma coisa que não recebe", disse.

Ainda de acordo com Calegari, o contrato do Governo com as duas empresas, de R$ 56 milhões, é ilegal. "Primeiro, eles anunciaram um contrato de R$ 70 mil e, então, do nada, anunciaram esse contrato de R$ 56 milhões, que nem sequer foi publicado no Diário Oficial do Estado. E, ainda por cima, é retroativo, ou seja, as empresas estão recebendo desde setembro irregularmente", afirmou.

Aposentados e funcionários estão desde setembro com atendimento precário, segundo Calegari. "As empresas não estão atendendo e, se atendem, é tudo muito precário. Os hospitais não quiseram contrato com essas empresas, não fecharam parceria, porque não confiam. Como vamos ser atendidos, então?", questionou.

A categoria reivindica, além da intervenção, que o plano seja substituído por outro, ou que outra proposta seja apresentada pelo Governo. Segundo os sindicatos, repasses da gestão anterior do plano não foram pagos; por isso, a deficiência no atendimento aos clientes.

Outro lado

A assessoria de imprensa da Secretaria de Administração (SAD), órgão ao qual o instituto está vinculado, informou ontem que o presidente do MT Saúde, Bruno Martins, está viajando.

Hoje, ele deve se manifestar, durante uma entrevista coletiva.






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