Funcionário público dirigia bêbado carro oficial sem estar em serviço
Apesar do Supremo Tribunal Federal (STF) ter decidido no início do mês que o ato de dirigir com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 decigramas é crime, o ato continua sendo praticado até mesmo por servidores públicos que utilizam o carro oficial para praticar tal crime. Foi o que aconteceu com o motorista da Secretária de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana (Setpu), Wanderlei José Martins, 55, detido durante o final de semana, em Campo Verde (131 Km ao sul de Cuiabá) conduzindo a caminhonete S-10 branca, placa NTY-4694, da secretaria, em visível estado de embriaguez, conforme relatou um cabo da Polícia Militar, que o deteve.
Mesmo com o flagrante, e o depoimento do PM de que Wanderlei exalava um forte odor de bebida alcoólica e mal conseguia falar, ele não ficou preso, pois se recusou a fazer o teste do bafômetro. Entretanto, assinou um termo circunstanciado (TCO), teve a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) apreendida e foi liberado. O carro oficial ficou recolhido no pátio da Polícia Civil durante o final de semana, mas já foi liberado na manhã desta segunda-feira (21) quando a Setpu mandou outro funcionário habilitado buscar a S-10.
Wanderlei não estava em serviço e a Setpu, por meio da assessoria, não soube informar o que ele fazia com o carro já que deveria ter entregue o veículo na secretaria na manhã de sábado (19). A informação é de que ele teria chegado de uma viagem a serviço, dos municípios de e Nova Ubiratã e União do Sul (502 e 719 Km ao norte de Cuiabá respectivamente) na sexta-feira à noite e tinha até sábado para devolver o carro. Porém, resolveu por conta própria “fazer um passeio” com o carro da Setpu para gastar combustível pago com dinheiro público.
Ele foi detido por volta das 3h15 de sábado quando parou em Campo Verde e pediu informação a um cabo da PM questionando onde ficava a saída para Primavera do Leste (231 Km ao sul de Cuiabá). Ao perceber seu estado em embriaguez, o policial o deteve e acionou a Polícia Civil. O caso está sob responsabilidade do delegado Fernando Vasco Spinelli Pigozzi.
Outro lado
Por meio da assessoria, a Setpu informou que já abriu um procedimento administrativo para apurar a conduta do motorista que é funcionário efetivo com 31 anos de casa. Caso ele seja considerado culpado, sofrerá sanções administrativas e terá que ressarcir o valor da multa que será lançado pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) no documento do veículo e que será paga a princípio, com o dinheiro público. A assessoria informou ainda que é a primeira vez que Wanderlei se envolve em uma situação dessa.
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