A Delegacia de Homicídios (DH) de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital, investiga uma chacina ocorrida na noite de sábado que deixou seis pessoas mortas. Todas as vítimas, entre elas uma menina de 4 anos, foram executadas dentro de uma residência com tiros na cabeça. A principal hipótese para o crime é envolvimento com drogas.
O crime aconteceu por volta das 22h30 no bairro Jardim Olímpico. De acordo com Anderson Pimentel, delegado titular da DH, um ou dois criminosos entraram na casa por trás e, aproveitando-se da reunião das pessoas, ou reunindo-as de propósito, dispararam contra a cabeça de todos os presentes. As quatro vítimas do sexo feminino e uma do sexo masculino eram familiares. O outro rapaz morto era namorado de uma das garotas.
Para o delegado, o crime está relacionado a dívidas ou desavenças com traficantes de drogas. "A residência já tem um histórico de envolvimento com o tráfico", afirmou Pimentel. Outra possibilidade para o motivo leva em conta o histórico de cada vítima. "Estamos avaliando as circunstâncias individuais: se tinha dívida, crédito, relacionamento extra-conjugal, relação com o crime, com o tráfico, se sofreu ameaça... Porque pode ter havido um caráter individual no crime e os outros teriam sido mortos por vingança ou para queimar arquivo", explica o delegado. A terceira e última vertente da investigação abre a possibilidade de a chacina ter sido um crime passional.
Durante esta semana, a investigação vai terminar o levantamento de provas e colher relatos de parentes sobre cada uma das vítimas. Como não houve testemunhas oculares, todo o sucesso da investigação depende do levantamento desse histórico. Como a maioria dos arrolados para depor são parentes dos mortos, Pimentel disse que serão ouvidos no meio ou no fim da semana.
"Algumas vítimas foram enterradas hoje de manhã, outras ainda serão sepultadas no fim da tarde. Foi um grande abalo físico e psicológico", explicou ele. "Vamos esperar mais um dia ou dois em respeito aos familiares, e também para não comprometer a parcialidade do testemunho."
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