Ministro é acusado de uso de máquina pública em festa
Depois de escapar da degola em meados de 2011 por um suposto escândalo do mensalinho, foi salvo por colegas do Partido Progressista (PP), e ter sido jogado para escanteio pela presidente Diulma Rousseff (PT), o ministro das Cidades, Mário Negromonte, que tem mandato de deputado federal pela Bahia, volta ao limbo, desta vez conduzido pelas entrelinhas da Revista Época.
Reportagem desta semana revela que, durante a 11ª edição da Festa do Bode do município de Paulo Afonso, na Bahia, os cartazes publicitários do evento traziam, além de informações da festa e dos patrocinadores, o nome e o cargo ocupado pelo ministro e pelo seu primogênito, Mário Filho, que é deputado estadual pela Bahia. Além deles, sete órgãos públicos foram apresentados como patrocinadores.
"A exibição do nome dos dois políticos no cartaz de divulgação de uma festa paga, pelo menos em parte, com verbas oficiais materializa uma situação delicada para um ministro ou um deputado. A legislação brasileira proíbe a promoção pessoal no exercício de cargos públicos. Veda também qualquer ato que possa ser caracterizado como campanha eleitoral antecipada", diz um dos trechos da publicação. A realização da festa foi comentada publicamente pelo ministro durante a inauguração de uma estação de piscicultura em Paulo Afonso, no final do mês passado.
Na ocasião, Mário Negromonte, soube que seu correligionário, Delmiro do Bode, ex-vereador do PP, tinha dificuldades para obter patrocínio para a festa. "Na frente de várias pessoas, Negromonte deu um telefonema para a Chesf e falou com um interlocutor sobre os problemas da festa. Poucos dias depois, a Chesf autorizou a liberação de R$ 70 mil para o evento de Delmiro do Bode", diz o texto. (Com informações da Época)
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