Ali Akbar Javanfekr, assessor de imprensa do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, negou informações da mídia iraniana nesta segunda-feira de que havia sido preso horas antes. "Estou em meu escritório no edifício do jornal do Irã e nego todas essas alegações de prisão", declarou Javanfekr à Reuters, por telefone.
A agência semi-oficial iraniana de notícias Mehr havia informado, sem dar detalhes, que Javanfekr tinha sido preso nesta segunda-feira por ordem do Judiciário. "Alguns minutos atrás Ali Akbar Javanfekr foi preso depois de realizar uma coletiva de imprensa para a mídia local", disse a Mehr.
A mídia iraniana informou no domingo que Javanfekr tinha sido condenado a 1 ano de prisão e proibido de exercer o jornalismo devido a uma publicação considerada ofensiva à decência pública. Javanfekr é também o diretor da agência estatal de notícias Irna.
Segundo a agência Mehr, testemunhas disseram que forças de segurança lançaram gás lacrimogêneo dentro do edifício de um jornal estatal iraniano onde Javanfekr estava concedendo uma entrevista à imprensa.
As autoridades iranianas fecharam no domingo o jornal reformista Etemad depois de ter publicado uma crítica mordaz de Javanfekr aos conservadores que são rivais de Ahmadinejad. O diário foi proibido de circular por dois meses por "disseminar mentiras e insultos a autoridades do regime".
Os conservadores do Irã acusam Ahmadinejad de se apoiar em uma corrente de assessores "que se desviam das linhas do regime" e buscam minar a autoridade do clero da cúpula do governo do país, que é uma república islâmica.
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