Kaio Cesar Ribeiro, 23 anos, foi morto ao ser atropelado por um Audi, que disputava um racha com um Camaro em Campinas (SP). (Foto: Rose Mary de Souza/Especial para Terra)
Centenas de pessoas acompanharam o sepultamento do professor de jiu-jitsu Kaio Cesar Ribeiro, 23 anos, ocorrido na manhã deste sábado no Cemitário da Saudade, em Campinas (SP). Ele morreu na madrugada de sexta-feira após ser atropelado por um Audi A3, que disputava um racha com um Camaro na avenida Júlio Prestes. A empresária Adriane Ignácio de Souza, 42 anos, que atropelou o atleta, foi presa em flagrante. Um exame de bafômetro apontou 0,42 mg/l de álcool no sangue. O empresário Fabricio Narcizo Rodrigues da Silva, 32 anos, condutor do Camaro, também foi preso, mas se recusou a fazer o teste de alcoolemia.
"Eles tiraram um pedaço de mim, vou lutar para que seja feita justiça. Ele foi morto com o seu quimono e vai ser enterrado de quimono", disse emocionado o pai do rapaz, Gilberto Muniz Ribeiro, 48 anos. Amigos de Kaio prestaram a última homenagem ao professor vestidos com o uniforme de jiu-jitsu. Muitos estavam visivelmente emocionados e, diversas vezes, bateram palmas e gritaram "é campeão". O rapaz estava se preparando para uma série de lutas nos Estados Unidos.
Segundo o pai da vítima, para juntar dinhero, o jovem tinha conseguido um emprego de professor e lecionava para vários alunos. "Ele era uma pessoa excelente, não tinha vícios", lamentou o amigo Leandro Seabra. "Ele chegou na academia magrinho e agora estava forte e lutava muito bem", lembrou Edson Pereira, colega desde os tempos de infância e companheiro de academia.
Kaio era inscrito na federação paulista e ganhou diversas medalhas em sua categoria. Ele detinha a faixa marrom e se preparava para uma luta neste final de semana em Mogi Guaçú.
Comentários