A Portuguesa armou uma grande festa para celebrar o título do Campeonato Brasileiro da Série B nesta sexta-feira, após a goleada por 4 a 0 contra o Duque de Caxias, no Estádio do Canindé. Com direito a milhares de torcedores vestidos de rubro-verde, banda de pagode, "chuva de bolas", princípio de confusão e trio elétrico, os jogadores e adeptos festejaram a conquista em celebração que varou a madrugada lusitana.
O time paulista preparou um grande evento para recepcionar seus torcedores depois da partida que marcou a entrega do troféu mais importante da história do clube, o primeiro em nível nacional. Antes do início do jogo, por exemplo, Ivair, Jair da Costa, Badeco, Paes, Deodoro, Guaraci, entre outros craques do passado, desfilaram no gramado, enquanto o maestro João Carlos Martins deu show de piano que emocionou os presentes.
A noite marcante continuou após a partida, que terminou com massacre lusitano por 4 a 0, com gols de Renato, Ananias, Guilherme e Edno. Um baile que coroou a campanha irretocável da Portuguesa, que perdeu apenas três de 37 jogos, venceu outros 22 e marcou incríveis 80 gols, maior número da história dos pontos corridos da segunda divisão. Diante de tanta grandeza, nada como festejos à altura do time, e foi o que providenciou a diretoria rubro-verde.
Com um trio elétrico que aguardava torcida e elenco fora do estádio, o clube iniciou a comemoração logo após o apito final. Com grupo de pagode que cantava sucessos de diversas bandas, como o hit Superman, da banda Leva Nóiz, os rubro-verdes garantiram uma bela festa que teve direito até a longa queima de fogos. Enquanto alguns funcionários espalhavam brindes, como bandeiras e camisas da equipe, outros se encarregavam de espalhar prêmios inusitados.
O principal deles, sem dúvidas, foi uma "chuva de bolas" que durou cerca de 15 minutos e roubou a cena durante a celebração. Em cima da loja oficial do clube centenas de bolas com o emblema do time eram disparadas para a multidão, que se engalfinhava para conseguir levar para casa ao menos uma lembrança. Crianças, mulheres e até idosos trocavam empurrões e arrancavam na marra os brindes, mas sem perder o respeito com o companheiro de torcida e evitando "sair no tapa" pelos objetos.
A única exceção foi em um determinado momento da festa, pouco após os jogadores se unirem aos milhares de rubro-verdes e, já de banho tomado e com suas medalhas no peito, entrarem na celebração e distribuírem autógrafos e fotos aos fãs. As crianças eram as mais felizes com a proximidade dos ídolos e não escondiam a alegria por estarem ao lado dos heróis da conquista épica, mas por pouco a felicidade não terminou em tragédia.
No incidente, enquanto o técnico Jorginho concedia entrevista em que anunciava seu "fico" no Canindé, alguns seguranças se desentenderam com mulheres e torcedores que queriam ingressar nas dependências da sala de imprensa e, sem intenção, fecharam a porta na cara de uma das moças, o que gerou a ira de dezenas de adeptos.
O fato quase acabou em agressão física dos envolvidos, que tentaram até partir às vias de fato, mas tudo foi rapidamente controlado pela multidão. Afinal, era dia de festa rubro-verde no Canindé, talvez a maior e mais duradoura já vista na história deste estádio. Mas, pelo que fez em 2011, a Portuguesa merece. Resta agora torcer para que essa festa não tenha mais hora para acabar.
Comentários