O xavante foi condenado por homicídio qualificado, pois os jurados entenderam que Marvel matou o chefe do posto da Funai de uma forma cruel que impediu qualquer chance de defesa da vitima. Ele foi condenado pelo tribunal do júri a 12 anos e 5 meses de prisão, mas continua em liberdade, já que o juiz não pode ordenar a prisão de Marvel pois há um habeas corpus concedido pelo Tribunal Regional Federal.
O advogado da família da vítima, Tarcísio Tonha, afirmou que vai entrar com um recurso contra a pena aplicada. Segundo o advogado, Houve um equiívoco por parte do juiz, pois a pena aplicada ao indígena deveria ser de 22 anos de prisão. Já o advogado de defesa do cacique, João Nunes Cunha Neto, se disse que o juiz agiu corretamente e entendeu as condições do indígena.
A viúva Noemi Guimarães disse estar mais aliviada depois da condenação do índio. “Hoje eu acredito na Justiça que nós temos no Brasil. Agora eu tenho certeza de que vou por a cabeça no travesseiro e dormir tranquila”, finalizou.
O crime
O indígena foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por ter cometido o homicídio em 2001. Conforme consta na denúncia, o índio era na época cacique da aldeia Tritopa, em Água Boa, onde o servidor Floriano Guimarães fazia a demarcação das terras.
Ainda segundo a denúncia, a vítima, o cacique e um outro indígena foram até a cidade de Nova Nazaré, a 269 km de Cuiabá, e a caminho da aldeia Tritopa o servidor foi degolado por Marvel com um canivete. O do servidor da Funai foi encontrado na aldeia por um índio. A motivação do crime, segundo o MPF, seria a disputa de terras na região.
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