Cerca de meio milhão de pessoas vive no exterior. EUA e Portugal são os principais destinos
Quase metade dos brasileiros que deixam o país saem do Sudeste
O número total de emigrantes – 491.645 – não é considerado exato, porque há a possibilidade famílias inteiras terem saído do país. Outro fator que impede a contagem é a morte de emigrantes que permaneceram no Brasil.
O Ministério das Relações Exteriores estima que haja entre 2 milhões a 3,7 milhões brasileiros morando fora. Para a Organização Internacional para as Migrações - OIM (International Organization for Migration), o número seria entre 1 milhão a 3 milhões.
A pesquisa do IBGE é inovadora porque analisa a origem, o destino e o perfil por sexo e idade do brasileiro que saiu do país, além da duração da viagem.
São Paulo é o Estado que mais envia moradores para o exterior – mais de 21% dos emigrantes são paulistas. Em segundo lugar, está Minas Gerais, com quase 17%. Da região Sul também partiram muitos brasileiros (17,2%). O Paraná é a terceira unidade em importância, com mais de 9% do total de emigrantes do país.
Ao todo, 15% dos que vivem fora são do Nordeste, e 12% são da região Centro-Oeste, com destaque para Goiás, a quarta unidade em emissão de pessoas. A região Norte, embora possua vasto território em áreas de fronteiras internacionais, foi o local de origem de apenas 6,9%.
O Censo 2010 identificou a presença de brasileiros em 193 nações. Embora os destinos sejam bem diversificados, muitos se dirigem aos Estados Unidos (23,8%), Portugal (13,4%), Espanha (9,4%), Japão (7,4%), Itália (7%) e Inglaterra (6,2%). O IBGE diz que os brasileiros preferem países mais distantes, em vez dos vizinhos, em razão de laços históricos e também de facilidades por terem parentes, amigos e conhecidos lá.
Por ser uma potência econômica, os Estados Unidos atraem muita gente desde a década de 1980, quando o Brasil vivia uma forte crise.
Emigrantes com idades de 20 a 34 anos somam 60% do total. Grande parte deles foi a outro país sem família e em busca de trabalho, por isso há poucos emigrantes com menos de 14 anos ou idosos.
As mulheres são maioria em todos os grupos de idade. Em boa parte dos Estados de origem dos emigrantes, as mulheres também prevalecem, com exceção de Minas Gerais e Roraima. De Minas partem muitos homens para trabalhar na construção civil e, de Roraima, para trabalhar em garimpos.
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