Empresário foi assassinado ao fazer cobrança de dívida em Cáceres
A Polícia Civil descobriu que o empresário Miguel Arcanjo Miranda, que estava desaparecido desde o dia 30 de outubro deste ano, na região Oeste de Mato Grosso foi assassinado. Ele morreu no distrito de Caramujo, região de Cáceres, perto da fronteira com a Bolívia, onde foi efetuar a cobrança de uma dívida no valor de R$ 2 mil. Três pessoas acusadas de envolvimento na morte de Miguel Arcanjo foram presas.
São eles: José Gonzaga Neto, Fernando dos Reis Costa e Nédio Correa. A Polícia procura ainda pelo autor da execução, identificado como Edvaldo de Lima Mateus, o “Bequinha”, que devia dinheiro a vítima. Todos estão com prisão temporária decretadas. Também foi preso Donizete de Almeida Real, por posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.
As investigações iniciaram após comunicação de desaparecimento do empresário ao Grupo Especial de Fronteira (Gefron). Segundo boletim do Gefron, a vítima teria se deslocado em seu veículo, uma pick-up Montana, até o Distrito de Caramujo para cobrar dívida contraída por Edvaldo de Lima Mateus, o “Bequinha”.
Depois disso o empresário não foi mais visto. Mas após alguns dias o veículo dele foi encontrado na cidade boliviana de San Matias, e encaminhado à Cuiabá sob os cuidados da família da vítima.
A Polícia Civil descobriu que a vítima esteve realmente no Distrito de Caramujo e manteve contado com Edvaldo de Lima Mateus, o “Bequinha”, que lhe prometeu entregar a importância de R$ 1 mi no final do dia 30 de outrubro. No horário combinado, entre 19 e 20 horas, o suspeito “Bequinha” e a vítima Miguel se encontraram. Os dois seguiram no carro da vítima rumo à propriedade rural de do militar da reserva, José Gonzaga Neto, onde supostamente seria entregue o dinheiro.
Entretanto, assim que chegaram ao imóvel, “Bequinha” desceu do carro e foi até a porteira, local onde estava José Gonzaga e depois de falar com este, sacou de um revolver calibre 38 e efetuou um disparo na vítima que tentou se aproximar. A vítima levou um tiro nas costas e caiu ao solo, sendo em seguida alvejada com outros dois tiros na cabeça.
Depois do crime, os Bequinha e Gonzaga pegaram o carro da vítima e entregaram a Fernando dos Reis Costas, em um sítio no Distrito de Caramujo. Este se apossou do veículo da vítima e com ajuda de Nedio Correa enviou à Bolívia para ser vendido.
Mas antes, as investigações identificaram que os dois executores subtraírem certa quantia em dinheiro e alguns objetos do interior do carro da vítima. “Antes mesmo de fazerem a divisão do produto do crime, se apossaram do corpo de Miguel e o colocaram no carro de Gonzaga, conduzindo-o até uma lagoa existente na entrada da Comunidade Santa Luzia”, explicou o delegado Rogers Jarbas.
O corpo da vítima foi encontrado enterrado e submetido a exame de necropsia.
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