Vereadores teriam cobrado propina do prefeito Bedin
Julgamento de vereadores de Sorriso ocorre no dia 25

A Câmara Municipal de Sorriso (a 420 km de Cuiabá) deve julgar na próxima semana processo por falta de decoro contra os vereadores Chagas Abrantes (PR), Gerson Frâncio Jaburu (PSB) e Roseane Amorim (PR). A previsão foi anunciada pela Mesa Diretora depois que a Justiça liberou o julgamento.

Os vereadores são acusados de cobrar propina para votar a favor do prefeito Chicão Bedin (PMDB), o que virou escândalo nacional. A votação é possível porque, além da Justiça liberar o julgamento, foi entregue relatório da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar. A expectativa é que a apreciação ocorra no dia 25.

A Mesa Diretora ainda não revelou o teor das investigações. Se forem cassados, os 3 parlamentares ficarão inelegíveis até 2020. Além do risco de cassação, o Ministério Público Estadual (MPE) pediu à Justiça a cassação do mandato dos vereadores por improbidade administrativa e pagamento de multa de R$ 470 mil, além de pagar indenização por dano moral coletivo (causado à sociedade) e perda dos direitos políticos por até 5 anos.

Isso foi solicitado também em relação à empresária Filomena Abrantes, proprietária da TV Sorriso (retransmissora da Rede Record no município) e esposa de Chagas.

O MPE alega que os vereadores e a empresária praticaram improbidade administrativa e, por isso, devem perder os direitos políticos por até 5 anos. Além da cobrança de propina, um deles é acusado de tentar favorecer empresários amigos em processos licitatórios, como uma empresa que tinha dívidas referentes ao IPTU. Os vereadores garantem ter sido assediados por aliados do prefeito, que teriam oferecido dinheiro na tentativa de gravar as conversas, o que é negado por Bedin.

Eles asseguram ainda ter mantido os diálogos para provar o suposto oferecimento.