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Terça - 15 de Novembro de 2011 às 10:23

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O Stone Temple Pilots sempre foi um patinho feio do grunge. Um dos últimos da turma a aparecer, não era tão fiel assim à camisa xadrez de flanela e tinha um vocalista um pouco afetado além da conta.

Com o passar dos anos, umas certezas: os irmãos DeLeo (Dean, guitarra, e Robert, baixo) são mesmo talentosos, como o show no SWU 2011 acaba de comprovar, e o cantor Scott Weiland não é nada falso.

Trata-se de um freak dândi, magricelo, cara sulcada de junkie. Flertou com a morte algumas vezes, mas sobreviveu a um calvário de drogas até chegar ao palco montado em Paulínia.

Weiland está até um pouco mais firme, fisicamente, do que na turnê que o STP fez no Brasil no ano passado. Cantou forte. O megafone em duas músicas não passou de uma bossa.

O rock do Stone Temple Pilots é insinuante, sexy até. Weiland canta paixões derramadas, por pessoas e por substâncias ilícitas. É banda para quem vive no limite, como ele.

"Vasoline" e "Hickory Dichotomy", a primeira de 1994 e a segunda de 2010, mostram como o pique da banda para fazer canções grudentas não mudou nada em 16 anos.

Mas a sequência mais matadora do show, para lavar a alma da plateia já ensopada pela chuva no SWU, foi "Plush", "Interstate" e "Big Bang Baby". Aula de bom rock and roll.

  Eduardo Anizelli/Folhapress  
Banda Stone Temple Pilots se apresenta durante o último dia do festival SWU
Banda Stone Temple Pilots se apresenta durante o último dia do festival SWU





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