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Nacional
Segunda - 14 de Novembro de 2011 às 16:07

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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta segunda-feira que os médicos do HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), em greve há quatro meses, deveriam voltar ao trabalho imediatamente.

O tucano afirmou que já foi aprovado na Assembleia Legislativa o projeto que concede 19% de aumento aos médicos, ante uma inflação de 6%, e que o reajuste será publicado nos próximos dias, retroativo a julho e a ser pago em dezembro.

"Eu não entendo a razão para isso [greve dos médicos do HC de Ribeirão]. Tanto que, dos nossos 80 hospitais, nenhum outro está em greve. Deveriam voltar ao trabalho imediatamente", afirmou.

A afirmação foi feita em Taquaritinga, onde Alckmin foi assinar convênio para o repasse de R$ 14,5 milhões para a construção de uma estação de tratamento de esgoto que permitirá que a cidade, que não trata nada de seu esgoto, atinja 100%.

No próximo dia 22, haverá audiência na Justiça do Trabalho, e Alckmin diz esperar que, até lá, o imbróglio com os médicos tenha sido resolvido.

Em greve desde o final de junho, os médicos-assistentes do HC recebem R$ 3.200 por uma jornada de 24 horas semanais. Eles pedem a equiparação salarial com os médicos do Hospital Estadual e da Mater, cujo salário é de R$ 6.900, pelo mesmo período.

De acordo com a direção do hospital, a paralisação tem atrasado cirurgias --só no setor de trauma, cerca de 500 pessoas aguardam na fila para passar pelos procedimentos-- e provocado impacto na rede municipal.

Segundo o secretário da Saúde de Ribeirão Preto, Stenio Miranda, pacientes oncológicos que não têm sido atendidos por conta da greve procuraram a rede municipal.

Alckmin comentou ainda a situação da Santa Casa de Franca, que limitou em 20 mil o número de exames laboratoriais previstos no contrato com o SUS (Sistema Único de Saúde). Para o governador, a situação das Santas Casas do país é grave e o problema não é só de Franca.

A solução, para ele, é aumentar a tabela do SUS (Sistema Único de Saúde). "Já fizemos vários repasses para a Santa Casa de Franca e, quando fizemos, já fiz um alerta, dizendo que o problema é muito mais profundo", disse.

Antes de Taquaritinga, o governador esteve em Lins e, em seguida, embarcou para a capital, conforme sua assessoria.






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