CNJ divulga processos contra juízes, mas esconde nomes
O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) colocou em seu site uma página para divulgar os processos disciplinares contras juízes nas corregedorias locais.
O sistema, no entanto, não revela os nomes dos magistrados e esconde os detalhes do processo.
O site mostra que existem 693 processos e sindicâncias nas corregedorias dos tribunais de Justiça.
O TJ do Piauí aparece em primeiro lugar com 211 processos, seguido por São Paulo, com 134. Em terceiro lugar estava o Amazonas, com 59 processos.
A indiciativa para colocar o sistema no ar foi do presidente do conselho, ministro Cezar Peluso.
Recentemente, o CNJ foi tomado pela polêmica que colocou Peluso contra a corregedora Eliana Calmon.
O presidente do conselho defende que as investigações contra magistrados comecem nas corregedorias locais e que o CNJ monitore esse processo.
Já Eliana Calmon diz que mudança na forma como hoje ocorre pode abrir espaço para os chamados "bandidos de toga".
De acordo com Peluso, a nova página dará "mais transparência aos processos disciplinares contra juízes e desembargadores em todos os tribunais".
O sistema, por enquanto, é alimentado pelos próprios tribunais, que enviam os dados ao CNJ uma vez por mês.
Os tribunais da Justiça Federal e do Trabalho ainda não fazem parte do sistema.
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