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Segunda - 14 de Novembro de 2011 às 08:07
Por: Sinézio Alcântara

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Os ataques de piranhas que antes eram apenas peças de ficções científicas ou contos de sertanejos da região do pantanal estão se tornando realidades. As praias localizadas ao longo das margens do rio Paraguai, em Cáceres, estão infestadas dos animais. Dezenas de ataques de piranhas foram registradas, nos últimos dias, em vários pontos do rio. Nesta semana, um grupo de alunos de uma escola foi atacado por um cardume quando banhavana praia do Daveron, em frente à sede da Secretaria de Turismo, no centro da cidade.

O Corpo de Bombeiros alertou para que as pessoas evitem entrar na água. E, em caso de ataque, sair rapidamente, para não deixar que o sangue espalhe e atraia maior número de piranhas no local. A direção dos clubes beira-rio SESI e IATE suspenderam o banho de rio aos associados.

Além da proibição, o SESI instalou um alambrado de arame bloqueando o acesso dos banhistas ao rio. “Antes, apesar da proibição, muitos ignoravam o perigo e banhavam no rio. Depois que instalamos o alambrado os casos de acidentes pelo ataque das piranhas reduziram” justificou o presidente Lucides Ortega afirmando que de outubro a dezembro, quando os cardumes atacam, os associados só tomam banho em piscinas.

Além de alertar para que as pessoas evitem a entrar na água, o subcomandante do Corpo de Bombeiros, tenente Abnildo Silva, orientou para que a administração instale placas de sinalização nas margens do rio, advertindo sobre o perigo e ainda, se possível, a colocação de telas de metal, a determinada distância da margem, para evitar que as piranhas se aproximem dos banhistas.

O cardume que atacou na praia do Daveron, nesta semana, lesionou o aluno J.D.A, 15 anos, que levou uma mordida na sola do pé e a colega, N.C. B, 14 anos, atingida na mão. Ambos foram socorridos no Pronto Atendimento Médico. Outros tiveram ferimentos de menor gravidade. Os cardumes infestam também as baias próximas as fazendas na região do pantanal.A situação é semelhante nos balneários e pousadas, onde os proprietários também estão colocando telas de arame dentro do rio, em uma determinada distância da margem para proteger os banhistas.

Nas praias e baias de Cáceres, especificamente, os cardumes são de espécies consideradas pequenas, de no máximo 20 centímetros. Especialistas ainda não manifestaram sobre o fenômeno. Curiosos, entretanto, atribuem os ataques ao período de desova. “Nesse período quando elas estão desovando, geralmente, ficam mais famintas e agressivas”, afirmou o pescador João Leopoldo Alves.






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