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Economia
Domingo - 13 de Novembro de 2011 às 13:12

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O setor agropecuário e de extração mineral recebeu este ano apenas metade do volume de investimentos estrangeiros diretos que havia recebido no ano passado. De acordo com dados do Banco Central, de janeiro a setembro as empresas desse setor abocanharam 15,3% dos US$ 52,1 bilhões que entraram no País. No ano passado, essa participação foi de 30,9%.

 

Representantes do setor, porém, questionam os dados do Departamento Econômico do Banco Central. "Isso contraria as informações que a gente tem", disse ao Estado o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Paulo Camillo Vargas Penna. "O ambiente que temos no Brasil contraria qualquer recuo do investimento estrangeiro."

Pelo levantamento feito pelo Banco Central, os investimentos em empresas de extração de minerais metálicos, por exemplo, somaram de janeiro a setembro US$ 1,8 bilhão, uma queda de quase 62% em relação ao valor registrado em 2010. O Ibram apura anualmente o volume de investimentos feitos e programados para um período de cinco anos. Desde 2009, a cifra tem aumentando constantemente.

Paulo Camillo reconhece que os dados do instituto contemplam tanto os investimentos feitos por empresas com sede no Brasil quanto das estrangeiras.

Ainda assim, ele argumenta que os dois blocos têm crescido em ritmo semelhante. "No período em que os dados do BC apontam decréscimo, temos aqui confirmações das próprias empresas de aumento dos investimentos", afirmou Camillo Penna.

O levantamento mais recente do Ibram, feito em maio, aponta um total de US$ 68,5 bilhões em investimentos no setor mineral entre 2011 e 2015. Na pesquisa anterior, de janeiro, a cifra era de US$ 64,8 bilhões. Procurado pelo Estado, o Banco Central não se pronunciou sobre as diferenças apontadas pelo Ibram.

Pesquisa. Para Paulo Camillo, a tendência para os próximos anos é de um aumento da entrada de empresas estrangeiras para explorar o mercado brasileiro de mineração. "No Departamento Nacional de Pesquisa Mineral são crescentes os pedidos de autorização de pesquisa."

Os recursos para pesquisa ainda são baixos no Brasil se comparado com outros países. No ano passado, o País recebeu apenas 3% dos investimentos mundiais, enquanto o Canadá ficou com 19% dos US$ 10,7 bilhões alocados para esse tipo de trabalho.

"O investimento estrangeiro vai crescer. Cada vez mais você está vendo oportunidades reduzidas de mineração de boa qualidade no mundo e no Brasil, Menos de 20% do território nacional é geologicamente mapeado de maneira adequada", pondera Camillo Penna. / R.A. e I.D.






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