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Sexta - 11 de Novembro de 2011 às 19:12

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O SESC Arsenal receberá na próxima quarta-feira (16/11) a exposição Tempo de Almanaque, uma coletânea de raridades retiradas do acervo pessoal da pesquisadora e escritora Yasmin Nadaf. O coquetel de abertura será às 18h no Foyer do Teatro, local em que a exposição estará disponível para ser visitada até o dia 16 de dezembro. A entrada é gratuita e o evento é destinado a todos os públicos.

Produzida pelo SESC Nacional, a exposição foi inaugurada em agosto deste ano na 14º Jornada de Literatura de Passo Fundo. Tempo de Almanaque também foi apresentada na 9º Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) e, assim que terminar sua temporada em Cuiabá, percorrerá todos os estados brasileiros.

Yasmin Nadaf, cuiabana de nascença, é dona de uma biblioteca singular de escritos do passado. Pós-doutora em Letras pela UFRJ, a pesquisadora possui uma coleção com centenas de almanaques de farmácia, antigos guias domésticos de saúde para a família brasileira que foram muito populares entre o fim do século XIX e meados do século XX. Interessada em compartilhar esse rico material com os interessados em história, saúde e arte, decidiu disponibilizá-lo para a montagem a exposição.

Atuando como veículos de publicidade de medicamentos fabricados por grandes laboratórios farmacêuticos, os almanaques cumpriam o que é hoje o papel dos propagandistas: eram, ao mesmo tempo, agentes de divulgação de remédios e revistas médicas especializadas. Assim, foram responsáveis por popularizar a ciência nos lares brasileiros como prática de lazer para ser ensinada e repetida entre a família.

Testemunhos de uma época, os almanaques de farmácia chegavam até os lugares mais distantes do país, prometendo saúde e beleza. Eram também uma importante fonte de informação gratuita para a população rural e urbana.

Com formatos ágeis, cuidadosamente ilustrados e com uma grande diversidade tipográfica, em geral apresentando edições anuais, essas revistinhas cumpriram durante décadas a função de informar e entreter, até mesmo nos locais de maior carência cultural.






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