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Cidades/Geral
Sexta - 11 de Novembro de 2011 às 07:51
Por: DANIELLY TONIN/KAROLINE GARCIA

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O julgamento será retomado hoje, a partir das 9 horas, com os debates entre a defesa e a acusação
O julgamento será retomado hoje, a partir das 9 horas, com os debates entre a defesa e a acusação
O executor de três servidores da UFMT, Jaeder Silveira, inocentou o servidor da instituição, Jorge Tabory, da acusação de ser o mandante do triplo assassinato que vitimou a pró-reitora do Campus de Rondonópolis, Sorahia Miranda de Lima, o professor da instituição, Alessandro Luiz Fraga, e o presidente do Campus, Luiz Mauro Pires Russo.

Jaeder, que foi condenado em 2008 a 33 anos de reclusão em regime fechado, depôs ontem à tarde durante o julgamento de Tabory como informante da Justiça Federal, por ter obtido delação premiada. O interrogatório de Jorge Tabory teve início às 18h45, e se estendeu até o final da noite. Ele insistiu na própria inocência, e disse não entender os motivos que levaram Jaeder a acusá-lo como mandante do crime.

O julgamento será retomado hoje, a partir das 9 horas da manhã, com os debates entre a defesa e a acusação. A previsão é que a sentença de Jorge Tabory seja proferida no período da tarde. Mesmo com a mudança do depoimento do executor, a acusação diz acreditar que o júri – composto por cinco homens e duas mulheres – levará em conta o histórico do caso.

À época do crime, Jaeder apontou o motorista da UFMT de tê-lo contratado por R$ 3 mil para executar a pró-reitora, que estaria investigando um contrato entre o campus da UFMT e um lava jato de Tabory. Conforme o depoimento do executor, o crime foi de latrocínio, já que após as mortes ele roubou pertences das vítimas assassinadas em frente à casa de Sorahia em 27 de novembro de 2007.

“Eu estava com um camarada meu, mas ele foi guardar a moto para a gente entrar na casa e foi quando o carro parou. O motorista desceu e veio para cima de mim, eu assustei e atirei nele, depois os outros desceram e também atirei com medo de estarem armados”, disse Jaeder, contrariando o relato que levou Tabory ao banco dos réus.

Ontem ele afirmou ter sido pressionado à época por quatro policiais federais que fizeram a escolta dele até o Presídio Pascoal Ramos, em Cuiabá, a acusar Jorge Tabory de ser o mandante do crime. Ainda segundo Jaeder, os policiais teriam “colocado na cabeça” que ele teria pena reduzida caso entregasse Tabory.

Com a mudança do depoimento de Jaeder, o procurador da República Douglas Santos Araújo revelou que vinha investigando suposto crime de compra de declaração em júri cometido por Tabory e pelo advogado dele, Élson Resende. Em setembro, Araújo realizou uma oitiva com Jaeder, na Penitenciária da Mata Grande onde ele cumpre a pena, questionando-o sobre a suposta negociação com o advogado do réu.

Além de Jaeder, outras nove pessoas foram ouvidas no Tribunal do Júri pela juíza federal, Tânia Zucchi de Moraes, no julgamento que teve início às 10h da manhã de ontem – uma hora após o previsto. Entre eles três informantes – Jaeder, a irmã de Jorge – Susy Tabory, e o ex-cunhado do réu Kenedy Tobias que foi arrolado pela defesa como testemunha, mas enquadrado como informante pela magistrada.




Fonte: Do DC

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