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Sexta - 11 de Novembro de 2011 às 07:37
Por: JOANICE DE DEUS

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O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Cuiabá e Municípios encaminhou ao Ministério Público do Trabalho (MPT) as denúncias de acidentes de trabalho ocorridos no canteiro de obras no canteiro de obras de construção da Usina Votorantim, no Distrito do Aguaçu, em Cuiabá. Contratados pela Construtora Andrade Gutierrez, eles fizeram a denúncia anteontem durante um protesto que deixou o trânsito lento na região central da capital.

Os operários da construtora reivindicam reajuste salarial. Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM), Joaquim Santana, a empresa propôs reajuste de 11%.

Porém, quer acabar com o adicional de hora prêmio benefício de 25% sobre o salário para os funcionários de outros Estados. “Entre perdas e ganhos, a proposta da empresa não atinge nem 2% de reajuste”, destacou. “Até agora não foi feita nenhuma contraproposta”, acrescentou. Atualmente o piso pago é de aproximadamente R$ 800,00.

A maioria dos 460 contratados pela Gutierrez é da região Nordeste. Este é o caso armador Joacy Jesus Silva, 35 anos, que veio do Maranhão. Há 28 anos, Silva conta que teve o dedo mínimo da mão esquerda decepado no local de trabalho e afirma que não recebeu assistência por parte da construtora. “Até os fios da costura eu que tive que tirar”, afirmou.

Sindicato dos Trabalhadores disse que denúncias como estas só chegaram ao conhecimento da entidade ontem porque a diretoria é impedida de entrar no canteiro de obras. Porém, garantiu que iria levar a denúncia até os órgãos competentes. Os trabalhadores cobram ainda o pagamento pela hora “in itinere” ou período de deslocamento entre a residência e o local de trabalho.

Gerente de Obras da Votorantim, Álvaro Tadeu Battaglia, informou que cabe à empresa acompanhar as negociações e não há como intervir na relação de trabalho entre a Gutierrez e os seus trabalhadores. Sobre o atraso na construção, ele considera que é possível recuperar o tempo perdido. “Vamos avaliar, mas há como recuperar esse tempo”, acredita. A reportagem tentou falar com a direção da Andrade Gutierrez, mas não obteve resposta.




Fonte: Do DC

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