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A previsão é de que o hospital seja estadualizado já no início de 2012
Manifestantes reclamam da mudança de gestão
PEDRO ALVES/DC
Saúde: manifestantes protestam contra a mudança na gestão do Pronto-Socorro de Cuiabá
A proposta de passar a gestão do Pronto-Socorro de Cuiabá (PSC) para uma organização de social de saúde (OSS) a partir da estadualização da maior unidade hospitalar de urgência e emergência de Mato Grosso, foi alvo de protesto ontem pela manhã. Os manifestantes afirmam que o Estado e o governo municipal estão “passando por cima do controle social”.
“O Conselho Municipal de Saúde não aprovou a cessão de bens, dos equipamentos, do prédio e da gestão do pronto-socorro”, afirmou Maria Ângela Martins, representante da CMS. A previsão é de que o pronto-socorro seja estadualizado já no início de 2012.
Além de lideranças sindicais, estudantes de enfermagem, de medicina, profissionais da área, ex-secretários municipais e estaduais de saúde engrossaram o protesto. Entre eles estava o ex-secretário de Saúde, Luiz Soares, que integra o “movimento em defesa da saúde pública e de qualidade”.
“A Santa Casa, o Santa Helena e o Hospital Geral são contratados pela mesma tabela do SUS. O próprio pronto-socorro recebe pela tabela. Não é justo ou certo pagar quatro vezes para uma OSS. Se tem dinheiro para colocar no privado, então tem dinheiro para investir no que é público e melhorar o pronto-socorro”, argumentou. Soares esteve à frente da pasta por duas vezes, entre os anos de 2001 e 2004 e 2008 a 2009.
No entendimento de Soares, a proposta pode levar ao sucateamento do sistema público. “Quem defende as OSS defende o sucateamento do serviço público para favorecer interesses da iniciativa privada”, disse.
Presidente do Sindicato dos Médicos, Elza Queiroz reforça que a população não foi consultada sobre a mudança. “A proposta não foi debatida e estão passando por cima do controle social”, afirmou.
Já a presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM/MT), Dalva Alves, lembrou que a unidade que atende casos de urgência e emergência funciona sem as condições adequadas, prejudicando o trabalho do profissional da área medica e a assistência aos pacientes.
“O pronto-socorro funciona em condições precárias. Desde maio a UTI neo-natal foi fechada e até hoje não foi reformada; faltam médicos e vários estão pedindo demissão por conta dessa precariedade”, afirmou. Segundo os manifestantes, além de fechar a UTI neo-natal do PS, os equipamentos foram repassados para um hospital conveniado ao SUS.
Internado no pronto-socorro, o autônomo Luiz Monteiro, de 58 anos, fez questão de se aproximar do portão da unidade para conversar com a imprensa que acompanhava a manifestação. “Estou internado há seis meses, cheguei a ser transferido e tive que voltar e até hoje não realizaram a cirurgia que preciso. Não tem médico nem para avaliar”, reclamou, mostrando a perna esquerda que precisa passar pelo procedimento cirúrgico.
A reportagem do Diário tentou falar por telefone com a Secretaria Municipal (SMS) sobre o assunto, mas não conseguiu. A assessoria de imprensa alegou que os responsáveis estavam em reunião e que não foi possível manter contato com o diretor da PS.
“O Conselho Municipal de Saúde não aprovou a cessão de bens, dos equipamentos, do prédio e da gestão do pronto-socorro”, afirmou Maria Ângela Martins, representante da CMS. A previsão é de que o pronto-socorro seja estadualizado já no início de 2012.
Além de lideranças sindicais, estudantes de enfermagem, de medicina, profissionais da área, ex-secretários municipais e estaduais de saúde engrossaram o protesto. Entre eles estava o ex-secretário de Saúde, Luiz Soares, que integra o “movimento em defesa da saúde pública e de qualidade”.
“A Santa Casa, o Santa Helena e o Hospital Geral são contratados pela mesma tabela do SUS. O próprio pronto-socorro recebe pela tabela. Não é justo ou certo pagar quatro vezes para uma OSS. Se tem dinheiro para colocar no privado, então tem dinheiro para investir no que é público e melhorar o pronto-socorro”, argumentou. Soares esteve à frente da pasta por duas vezes, entre os anos de 2001 e 2004 e 2008 a 2009.
No entendimento de Soares, a proposta pode levar ao sucateamento do sistema público. “Quem defende as OSS defende o sucateamento do serviço público para favorecer interesses da iniciativa privada”, disse.
Presidente do Sindicato dos Médicos, Elza Queiroz reforça que a população não foi consultada sobre a mudança. “A proposta não foi debatida e estão passando por cima do controle social”, afirmou.
Já a presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM/MT), Dalva Alves, lembrou que a unidade que atende casos de urgência e emergência funciona sem as condições adequadas, prejudicando o trabalho do profissional da área medica e a assistência aos pacientes.
“O pronto-socorro funciona em condições precárias. Desde maio a UTI neo-natal foi fechada e até hoje não foi reformada; faltam médicos e vários estão pedindo demissão por conta dessa precariedade”, afirmou. Segundo os manifestantes, além de fechar a UTI neo-natal do PS, os equipamentos foram repassados para um hospital conveniado ao SUS.
Internado no pronto-socorro, o autônomo Luiz Monteiro, de 58 anos, fez questão de se aproximar do portão da unidade para conversar com a imprensa que acompanhava a manifestação. “Estou internado há seis meses, cheguei a ser transferido e tive que voltar e até hoje não realizaram a cirurgia que preciso. Não tem médico nem para avaliar”, reclamou, mostrando a perna esquerda que precisa passar pelo procedimento cirúrgico.
A reportagem do Diário tentou falar por telefone com a Secretaria Municipal (SMS) sobre o assunto, mas não conseguiu. A assessoria de imprensa alegou que os responsáveis estavam em reunião e que não foi possível manter contato com o diretor da PS.
Fonte:
Do DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/69548/visualizar/
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