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Economia
Quarta - 09 de Novembro de 2011 às 16:55

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Referência para as operações de comércio exterior, o dólar comercial foi trocado por R$ 1,770 (alta de 1,72%) na rodada de negócios desta quarta-feira, quando oscilou entre R$ 1,772 (valor máximo do dia) e R$ 1,749 (valor mínimo).

Para turistas e viajantes, o dólar foi vendido por R$ 1,870 (avanço de 1%) e comprado por R$ 1,690 nas casas de câmbio paulistas.

Ainda operando, a Bovespa retrocede 2,43%, aos 57.594 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,32 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 2,39%.

Como analistas têm ressaltado, o nervosismo tomou conta dos mercados com os desdobramentos mais recentes da crise no Velho Continente, primeiro com o "susto" grego (o abortado referendo sobre o pacote financeiro) e agora, com o "drama" italiano.

Ontem, as Bolsas de Valores antecipavam de forma positiva a possível renúncia do premier italiano Silvio Berlusconi, primeiro negada e depois confirmada pelo próprio, notadamente depois que uma votação no parlamento local sinalizou a perda de sustentação política.

Muitos se surpreenderam, portanto, com o resultado do primeiro leilão de títulos públicos italianos já sob impacto dessa notícia.

Os habituais tomadores desses papéis demandaram taxas de remuneração historicamente altas para comprar esses títulos, em uma indicação explícita de que muitos não enxergavam com o otimismo as condições financeiras da Itália, uma das maiores economias mundiais.

Chamou a atenção dos mercados o fato de que os títulos que expiram em cinco anos foram repassados a juros somente vistos em operações semelhantes com bônus gregos e portugueses há pouco tempo atrás. Portugal e Grécia são nações europeias em situação notoriamente delicada, e dependentes de ajuda externa (UE e FMI) para fechar suas contas

O problema é que, devido à dimensão de sua economia, a Itália seria um problema de dimensões muito mais drásticas. Economistas ressaltaram que o fundo de estabilidade financeiro, mesmo reforçado para 1 trilhão de euros, seria insuficiente para dar conta do problema num caso de "pior cenário".

"É difícil ver que nós na Europa teríamos os recursos para colocar um país do tamanho da Itália em um programa de resgate", admitiu o primeiro-ministro da Finlândia, Jyrki Katainen.

Em seu comentário regular sobre o mercado de câmbio, o diretor da corretora NGO, Sidnei Nehme, apontou o momento "extremamente perigoso", advertindo que a "inércia" das autoridades europeias em lidar com o agravamento da situação fiscal "pode levar os mercados a um estado de pânico".

"Para tanto, basta um risco imediato de "default" [suspensão de pagamentos] e o efeito dominó proporciona o restante", acrescenta.

JUROS FUTUROS

Com a deterioração dos mercados no exterior, e a queda nos preços das commodities, o mercado futuro de juros na BM&F começou a antecipar uma redução mais drástica da taxa Selic nos próximos meses.

Para abril de 2012, a taxa prevista recuou de 10,59% ao ano para 10,47%. Para julho de 2012, a taxa projetada cedeu de 10,32% para 10,17%. E para janeiro de 2013, a taxa prevista passou de 10,12% para 9,95%. Esses números são preliminares e ainda estão sujeitos a ajustes.






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