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Nacional
Terça - 08 de Novembro de 2011 às 20:43

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Sérgio Lima/Folhapress
Estudante Rafael levou um tiro de uma pistola de choque (
Estudante Rafael levou um tiro de uma pistola de choque ("Taser") de um segurança do Senado durante protesto

Um protesto de estudantes contra a reforma no Código Florestal terminou com um deles agredido e algemado por seguranças do Senado nesta terça-feira.

O aluno de geologia da UnB, identificado apenas como Rafael, tentava intervir numa briga entre um colega e um dos seguranças na porta da Comissão de Constituição e Justiça, quando foi agarrado pelo pescoço e arrastado.

Após a "gravata", Rafael levou um tiro de uma pistola de choque ("Taser") e desmaiou.

Foi levado para uma sala da Polícia Legislativa. A senadora Marinor Brito (PSOL-AM), que acompanhou a detenção, afirmou que Rafael estava algemado.

Um porta-voz da Polícia Legislativa afirmou que os seguranças foram agredidos pelos estudantes com socos. "É melhor usar [o "Taser"] do que trocar socos, não acha?"

O episódio aconteceu por volta de meio-dia. Às 14h30, Rafael seguia detido, prestando depoimento.

O protesto estudantil começou por volta das 11h, quando cerca de 15 estudantes se juntaram na porta da CCJ.

Aos gritos de "desliga a motosserra!" e "academia se manifesta para manter em pé a floresta", os estudantes exigiram entrar no plenário, onde se reuniam as comissões de Ciência e Tecnologia e de Agricultura para votar o relatório do senador Luiz Henrique (PMDB-SC).

Um deles, que se identificou apenas como André, afirmou que parte do grupo esteve também no piquete que tentou impedir, nos últimos dias, a retomada das obras do Setor Noroeste, novo bairro de Brasília. As obras são contestadas por índios.

A votação nas comissões terminou com a aprovação quase unânime do relatório de Luiz Henrique. Uma manobra regimental proposta pelo senador Waldemir Moka (PMDB-MS) permitiu que os destaques de alguns senadores ao texto fossem votados em bloco, numa sessão marcada para amanhã.

Após a votação, os estudantes se concentraram na porta da CCJ, chamando os senadores que saíam de "vendidos à bancada ruralista", "não nos representa, não" e tentando colar cartões vermelhos nas paredes. Foi quando começou a confusão com os seguranças.






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