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Internacional
Segunda - 07 de Novembro de 2011 às 20:19

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O Exército paquistanês anunciou nesta segunda-feira que deu início ao treinamento de 8.000 homens adicionais com a missão exclusiva de proteger o arsenal nuclear do país, dias após os EUA terem intensificado o temor de que as armas atômicas de Islamabad possam cair nas mãos de militantes islâmicos.

Informações sobre a potencial vulnerabilidade destes armamentos foram divulgadas numa reportagem recentemente publicada na revista americana "The Atlantic". Fontes militares dos EUA e do Paquistão afirmaram, sob condição de anonimato, que as autoridades paquistanesas transportam componentes utilizados na fabricação de armas atômicas em vans comuns sem qualquer segurança extra.

O governo paquistanês rejeitou as acusações e insistiu que mantém as defesas de seu arsenal em dia.

Além disso, ganha fôlego no país os temores de que seriam os próprios americanos, e não os militantes da Al Qaeda, a maior causa de preocupação para o governo paquistanês com relação as suas armas atômicas.

Washington nega tais intenções, mas a operação dos EUA que matou Osama bin Laden em maio, em solo paquistanês, sem autorização formal, aumentou as suspeitas de que militares americanos possam conduzir mais operações que infrinjam a soberania de Islamabad.

No artigo da "Atlantic", no entanto, oficiais do Pentágono e da CIA são citados sob condição de anonimato informando que os Estados Unidos vêm treinando forças especializadas na missão de evitar que elementos do arsenal paquistanês sejam roubados por militantes ou procedimentos caso isto aconteça de fato.

EUA

A Embaixada dos EUA afirmou em comunicado nesta segunda-feira que tem plena confiança de que o Paquistão está ciente das várias ameaças ao seu arsenal nuclear e que já deu prioridade à segurança desses armamentos e dos componentes utilizados na sua fabricação.

O presidente americano, Barack Obama, foi citado no documento, durante um discurso feito em março, quando disse estar "confiante na segurança do Paquistão em torno dos seus programas de armas nucleares. Mas isto não significa que não há melhorias a serem feitas em todos os nossos programas de segurança nuclear".

O medo de que os EUA possam tentar obter o arsenal paquistanês são alimentados não só pela turbulenta e ambígua relação entre os dois países, que consideram-se aliados mas constantemente trocam acusações, mas também do sentimento generalizado de condenação às atividades americanas na região.

Embora Washington mantenha programas de bilhões de dólares em ajuda financeira anuais, 69% dos paquistaneses consideram os EUA um país inimigo, aponta uma pesquisa conduzida pelo instituto americano Pew Research Center em junho.






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