O Ministério Público vai investigar se o assassinato do secretário de Turismo de Traipu (AL), José Walter Matos, e outros 28 homicídios ocorridos na cidade têm relação com uma suposta rede de desvios do prefeito Marcos Santos (PTB), que está foragido. Matos foi morto dois dias depois de uma testemunha ter revelado à Polícia Federal um saque irregular de R$ 127 mil dos cofres do município. Na casa de um primo do prefeito, a polícia encontrou 19 armas, entre pistolas e espingardas. Pelo menos R$ 4 milhões teriam sido desviados a partir de 17 contratos com compras que nunca chegaram ao destino. As informações são do Fantástico.
Acusado de corrupção, Santos foi eleito pela terceira vez em campanha feita de dentro de um presídio. Ganhou fama de "barão do São Francisco", o que foi reforçado pela fuga de uma grande operação policial montada para prendê-lo. Enquanto escolas municipais estão sem abastecimento de merenda, o MP encontrou irregularidades como o gasto de R$ 11.920 com pessoas que nem sequer trabalhavam e doações de terrenos do município para particulares. O prefeito, a primeira-dama e três correligionários seguem sendo procurados pela PF. Casada com um dos filhos de Santos, a vice-prefeita, que assumiu o Executivo municipal, nega conhecimento em relação às denúncias. Em 20 de setembro, a PF cumpriu três de oito mandados de prisão contra integrantes da prefeitura. Em nota, a Controladoria Geral da União (CGU) disse que foram desviados R$ 8,2 milhões de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Programa de Transporte Escolar no período de 2007 a 2010.
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