Contraditório, Edivá poupa governos, mas ataca obras para ter dividendos
Depois de 14 anos na defensiva da administração em Cuiabá, ora como secretário das gestões Roberto França, Wilson Santos e Chico Galindo, ora como vereador, Edivá Alves agora deixou o ninho tucano e tenta criar asas no PSD. Por enquanto, está perdido no foco e no discurso. Numa demonstração de oportunismo, ele começa a mirar as obras conduzidas pelo governo estadual, por meio da Secopa, dentro dos preparativos da Capital para o Mundial de futebol de 2014.
Edivá foi secretário de Educação e de Trânsito e Transporte Urbano. Ao deixar a gestão Galindo recentemente, ele admitiu que deixou a gestão do trânsito pior do que a encontrou, uma prova de incompetência administrativa. Mesmo assim, costuma subir à tribuna da Câmara para se manifestar sobre projetos de mobilidade urbana. Se manifestou contra, por exemplo, a escolha do modal Veículo Leve sobre Trilhos, que será implantado em Cuiabá e Várzea Grande. Agora, o alvo do ex-tucano é o secretário Eder de Moraes, que está à frente dos projetos voltados à Copa.
O discurso de Edivá não tem encontrado respaldo por causa do viés eleitoreiro. Alguns vereadores passaram a combatê-lo, como Deucimar Silva (PP) e Everton Pop, que também está no mesmo PSD do ex-tucano. Pop chegou a dizer, numa referência às críticas de Edivá ao secretário Eder, que o colega vereador "estava com ciúmes de homem".
Ao mesmo tempo que tenta fazer oposição ao governo Silval Barbosa (PMDB), Edivá recua porque agora faz parte de uma legenda que compõe o arco de alianças do Palácio Paiaguás. Ensaiou o mesmo em relação ao prefeito cuiabano Chico Galindo, de quem foi secretário e também concluiu que exporia demais o discurso contraditório. Diante disso, busca se identificar agora como fiscal das obras da Copa. Depois que deixou a secretaria de Trânsito e Transporte Urbano, Edivá quer uma nova identidade. Busca encontrar "bandeira" para tentar novo mandato
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