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Internacional
Domingo - 06 de Novembro de 2011 às 15:03

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A vida das pessoas que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) mantêm como reféns está em perigo por causa de operações militares como a que levou à morte em combate "Alfonso Cano", chefe máximo dessa guerrilha, advertiu neste sábado em Bogotá um grupo de intelectuais liderado pela congressista Piedad Córdoba.

O grupo Colombianas e Colombianos pela Paz (CCP) sustentou que a intensidade dos bombardeios e operações militares pôs em risco iminente os 21 soldados sequestrados pelos rebeldes, assim como a comunidade camponesas e indígenas. "São ações que sem nenhum caráter humanitário descarregam seu chumbo e suas bombas no afã de obter vitórias militares a qualquer preço", criticou este coletivo em comunicado divulgado em Bogotá.

A organização CCP se declarou preocupada com a postura do governo do presidente Juan Manuel Santos propício ao "confronto armado" acima da "saída política mediante o diálogo e a negociação". "O governo de Santos carece de uma política verdadeira de paz e a única que busca é manter os privilégios e o lucro que obtém mediante a guerra", acrescentou o grupo, que se reuniu em Bogotá para analisar a saída de cena do líder rebelde, que morreu na sexta-feira pela noite em combate no sudoeste do país.

O fato é um "duro golpe para a paz", considerou este coletivo, criado para manter uma "troca de correspondências" com as Farc e também com seu par Exército de Libertação Nacional (ELN). Além disso, o grupo de intelectuais participou do passado na libertação de militares e policiais reféns das Farc, uma dúzia dos quais foram devolvidos por gestões de facilitação de Córdoba.

Apesar da morte de "Alfonso Cano", apelido do antropólogo Guillermo León Sáenz, o CCP pediu aos dois grupos rebeldes para que mantenham as propostas de diálogo que promovem desde antes de Santos ter chegado ao poder, em agosto de 2010, e ao presidente para que não esqueça sua oferta com o mesmo fim.





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