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A falta credibilidade quanto ao sistema de aplicação das provas do Enem leva estudantes a preferirem o cancelamento total do Enem
Estudantes ainda estão apreensivos
Ilustração
Enem: para alguns estudantes, o ideal seria anular o processo seletivo, já que desconfiam de que mais questões possam te
A instabilidade que vem tomando conta do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não atinge somente os alunos do Ceará, em especial do Colégio Christus, mas também os estudantes de Mato Grosso. Após um embate judicial que ora anulava as 13 questões que vazaram para todos os alunos, ora apenas para os estudantes do Ceará, o clima é de tensão.
Valdey Antônio de Oliveira Cavalcanti, de 17 anos, tenta entrar na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), através Enem, há 2 anos. Cursando a Escola do Farina, considerado um dos melhores preparatórios para o vestibular em Cuiabá, ele conta que os constantes problemas no exame causam um efeito cascata. “Se cancelarem as 13 questões de todo mundo que fez a prova, vai ferir o princípio da isonomia. E quem errou as questões sairá beneficiado. Contudo, quem acertou será prejudicado”, analisa Valdey.
Para ele, o ideal seria anular todo o processo seletivo, já que falta credibilidade quanto ao sistema de aplicação das provas e é possível que mais questões tenham vazado.
“Pode ser que eles tenham estudado mais questões em sala e ninguém ficou sabendo”, diz o estudante. No entanto, uma boa notícia alegrou Valdey na manhã de ontem. Ele passou no vestibular da Faculdade de Medicina de Itajubá, em Minas Gerais, e conta que só irá para lá caso não seja aprovado na UFMT.
Já o professor Wesley Pereira acusa o Governo Federal de priorizar questões políticas que interferem no bom andamento do exame. Para ele, o ministro da Educação Fernando Haddad (PT) não se interessa por cancelar todo o processo, já que pretende disputar a Prefeitura de São Paulo no ano que vem. “O Enem é um projeto político e deve permanecer por esse motivo. O Haddad não vai querer se queimar em ano de eleição”. O educador compartilha da ideia de cancelamento total do Enem 2011. “Tem que anular tudo. Quem garante que os alunos não estudaram toda a prova em sala?”, questiona.
Sem contexto - Tanto para os alunos, quanto para os professores, há poucas vantagens no Enem. O maior ganho seria em relação às questões contextualizadas com o cotidiano do aluno, ou seja, o Enem aborda assuntos inerentes ao dia-a-dia dos estudantes.
Todavia, o fato de poucas universidades aderirem 100% ao exame como único processo seletivo afetaria o intercâmbio interestadual de estudantes por todo o país.
Ocorre que poucos estados fizeram como Mato Grosso, que usa o Enem como único meio de ingressar na UFMT. Essa prerrogativa faria com que muitos vestibulandos realizassem provas no seu estado e em outros que usam o Enem, dobrando ou triplicando as chances de serem aprovados. “É injusto com a gente de Mato Grosso, nós temos que viajar por vários estados para prestar vestibular, sendo que muitos fazem o Enem de “casa” e tomam nossas vagas”, dispara o estudante Valdey.
Para ele o certo seria cadastrar todas as universidades federais do país no processo ou extinguir o Enem de uma vez.
Valdey Antônio de Oliveira Cavalcanti, de 17 anos, tenta entrar na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), através Enem, há 2 anos. Cursando a Escola do Farina, considerado um dos melhores preparatórios para o vestibular em Cuiabá, ele conta que os constantes problemas no exame causam um efeito cascata. “Se cancelarem as 13 questões de todo mundo que fez a prova, vai ferir o princípio da isonomia. E quem errou as questões sairá beneficiado. Contudo, quem acertou será prejudicado”, analisa Valdey.
Para ele, o ideal seria anular todo o processo seletivo, já que falta credibilidade quanto ao sistema de aplicação das provas e é possível que mais questões tenham vazado.
“Pode ser que eles tenham estudado mais questões em sala e ninguém ficou sabendo”, diz o estudante. No entanto, uma boa notícia alegrou Valdey na manhã de ontem. Ele passou no vestibular da Faculdade de Medicina de Itajubá, em Minas Gerais, e conta que só irá para lá caso não seja aprovado na UFMT.
Já o professor Wesley Pereira acusa o Governo Federal de priorizar questões políticas que interferem no bom andamento do exame. Para ele, o ministro da Educação Fernando Haddad (PT) não se interessa por cancelar todo o processo, já que pretende disputar a Prefeitura de São Paulo no ano que vem. “O Enem é um projeto político e deve permanecer por esse motivo. O Haddad não vai querer se queimar em ano de eleição”. O educador compartilha da ideia de cancelamento total do Enem 2011. “Tem que anular tudo. Quem garante que os alunos não estudaram toda a prova em sala?”, questiona.
Sem contexto - Tanto para os alunos, quanto para os professores, há poucas vantagens no Enem. O maior ganho seria em relação às questões contextualizadas com o cotidiano do aluno, ou seja, o Enem aborda assuntos inerentes ao dia-a-dia dos estudantes.
Todavia, o fato de poucas universidades aderirem 100% ao exame como único processo seletivo afetaria o intercâmbio interestadual de estudantes por todo o país.
Ocorre que poucos estados fizeram como Mato Grosso, que usa o Enem como único meio de ingressar na UFMT. Essa prerrogativa faria com que muitos vestibulandos realizassem provas no seu estado e em outros que usam o Enem, dobrando ou triplicando as chances de serem aprovados. “É injusto com a gente de Mato Grosso, nós temos que viajar por vários estados para prestar vestibular, sendo que muitos fazem o Enem de “casa” e tomam nossas vagas”, dispara o estudante Valdey.
Para ele o certo seria cadastrar todas as universidades federais do país no processo ou extinguir o Enem de uma vez.
Fonte:
Do DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/70149/visualizar/
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