Um levantamento realizado no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas e divulgado nesta sexta-feira pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo apontou que um em cada três pacientes internados com fratura da coluna sofreu queda de altura (em obra autônoma, de pequena empreiteira ou em atividades recreativas que ocorrem em lajes).
Segundo o ortopedista Alexandre Fogaça, muitos dos acidentes ocorrem por falta de e proteção ou uso inadequado dos equipamentos de segurança. Mais de 80% das vítimas são homens entre 18 e 45 anos. "São pessoas que, no auge da produtividade, levarão sequelas para o resto da vida", disse. Na ortopedia do HC, 60% dos pacientes com fratura da coluna chegam com lesão neurológica que deixam o indivíduo permanentemente incapacitado e necessitando de auxílio permanente.
"Todos que dão entrada com lesão medular e são operados perdem, no mínimo, a mobilidade da coluna na área da cirurgia e a grande maioria evolui com alguma sequela neurológica, limitando a força dos braços e pernas e o controle de micção e evacuação", afirmou Fogaça. Apenas 30% dos lesados retornam ao mercado de trabalho, ainda que com algum tipo de comprometimento leve. Ainda de acordo com Fogaça, "pacientes com lesão medular são mais vulneráveis a contrair infecções urinárias, desenvolver escaras e outros problemas", disse o médico.
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