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Pacientes à espera de cirurgias em Várzea Grande reclamam da demora no atendimento médico
Há 40 dias na espera
Em meio a definições sobre quem é responsável pela gestão do Pronto Socorro de Várzea Grande, muitos pacientes têm reclamado da falta de atendimento, sobretudo em relação a cirurgias.
Depois de ter quebrado o fêmur da perna esquerda num acidente automobilístico há 40 dias, Nirda da Silva, de 39 anos, aguarda para fazer uma cirurgia ortopédica desde então. “Tenho certeza de que estão passando outras pessoas na minha frente. Eles escolhem quem vai ser operado e quem não vai”, denuncia.
No acidente do qual foi vítima, Nirda perdeu o esposo, que morreu seis dias depois. Ela denuncia que o marido só faleceu por falta de atendimento adequado.
“Não tinha vaga na UTI. Deixaram meu marido na maca com a bacia e a costela quebradas”, afirma. Muito emocionada e dizendo o tempo todo que não suporta mais as dores, a senhora revela que só vem recebendo um analgésico, que tem a função de amenizar o sofrimento. Segundo ela, falta de medicamentos no hospital e sua cirurgia ortopédica já teria sido adiada 3 vezes.
Mas não é apenas Nirda que sofre com o abandono e a incapacidade de atendimento. Rosalina Eugênia, de 80 anos, espera uma cirurgia na bacia há 2 meses e nem ao menos tem previsão de atendimento. “Eu caí em casa. Fui ao banheiro de madrugada e escorreguei. Nunca marcaram nada pra mim”, conta a idosa, com o olhar cansado e abatido.
O diretor do Hospital Metropolitano, José Carlos, afirma que não tem qualquer responsabilidade quanto aos agendamentos e atendimentos de pacientes. Ele afirma que os pacientes de Cuiabá e Várzea Grande passam por uma triagem na Central de Regulação, após o que são atendidos no hospital.
Em relação ao número de cirurgias e pacientes internados, o diretor diz que não tem os números em mãos e que costuma prestar contas à Secretaria Estadual de Saúde. “Estou no meio de uma reunião e estamos fechando o balanço de outubro”, afirmou à reportagem.
Ninguém regula - Em meio à confusão, funcionários do pronto socorro que pediram para não ser identificados acusam a médica ginecologista Jackeline Guimarães de privilegiar alguns pacientes que estão aguardando vaga para serem operados no Metropolitano.
Indignada com a denúncia, a médica afirmou que não é mais responsável pela triagem de pacientes. Segunda Jackeline, a assistente social do pronto socorro e os próprios ortopedistas é quem decidem os nomes que estarão na lista de cirurgias.
“Já falaram isso antes, saiu até na TV. Mas não sou eu que decido. Fiz esse papel por pouco tempo e deixei o cargo por saber que existem repórteres que querem apenas manchar minha imagem”, rebateu a médica.
Jackeline é esposa do deputado estadual Wallace Guimarães e já foi secretária de Saúde de Várzea Grande.
A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde afirmou que não encontrou qualquer encaminhamento da paciente Nirda para ser operada em nenhuma das redes conveniadas.
A secretaria acusa o Pronto Socorro de Várzea Grande e a Fundação de Saúde de Várzea Grande (Fusvag) de fazer pouco caso com os pacientes.
Segundo a assessoria, “há vários hospitais conveniados que poderiam fazer as cirurgias ortopédicas, como Hospital Geral, Santa Casa ou mesmo o Metropolitano, mas nunca recebemos qualquer encaminhamento dessa senhora”.
A reportagem tentou manter contato com a direção do Pronto-Socorro, mas não obteve êxito.
Depois de ter quebrado o fêmur da perna esquerda num acidente automobilístico há 40 dias, Nirda da Silva, de 39 anos, aguarda para fazer uma cirurgia ortopédica desde então. “Tenho certeza de que estão passando outras pessoas na minha frente. Eles escolhem quem vai ser operado e quem não vai”, denuncia.
No acidente do qual foi vítima, Nirda perdeu o esposo, que morreu seis dias depois. Ela denuncia que o marido só faleceu por falta de atendimento adequado.
“Não tinha vaga na UTI. Deixaram meu marido na maca com a bacia e a costela quebradas”, afirma. Muito emocionada e dizendo o tempo todo que não suporta mais as dores, a senhora revela que só vem recebendo um analgésico, que tem a função de amenizar o sofrimento. Segundo ela, falta de medicamentos no hospital e sua cirurgia ortopédica já teria sido adiada 3 vezes.
Mas não é apenas Nirda que sofre com o abandono e a incapacidade de atendimento. Rosalina Eugênia, de 80 anos, espera uma cirurgia na bacia há 2 meses e nem ao menos tem previsão de atendimento. “Eu caí em casa. Fui ao banheiro de madrugada e escorreguei. Nunca marcaram nada pra mim”, conta a idosa, com o olhar cansado e abatido.
O diretor do Hospital Metropolitano, José Carlos, afirma que não tem qualquer responsabilidade quanto aos agendamentos e atendimentos de pacientes. Ele afirma que os pacientes de Cuiabá e Várzea Grande passam por uma triagem na Central de Regulação, após o que são atendidos no hospital.
Em relação ao número de cirurgias e pacientes internados, o diretor diz que não tem os números em mãos e que costuma prestar contas à Secretaria Estadual de Saúde. “Estou no meio de uma reunião e estamos fechando o balanço de outubro”, afirmou à reportagem.
Ninguém regula - Em meio à confusão, funcionários do pronto socorro que pediram para não ser identificados acusam a médica ginecologista Jackeline Guimarães de privilegiar alguns pacientes que estão aguardando vaga para serem operados no Metropolitano.
Indignada com a denúncia, a médica afirmou que não é mais responsável pela triagem de pacientes. Segunda Jackeline, a assistente social do pronto socorro e os próprios ortopedistas é quem decidem os nomes que estarão na lista de cirurgias.
“Já falaram isso antes, saiu até na TV. Mas não sou eu que decido. Fiz esse papel por pouco tempo e deixei o cargo por saber que existem repórteres que querem apenas manchar minha imagem”, rebateu a médica.
Jackeline é esposa do deputado estadual Wallace Guimarães e já foi secretária de Saúde de Várzea Grande.
A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde afirmou que não encontrou qualquer encaminhamento da paciente Nirda para ser operada em nenhuma das redes conveniadas.
A secretaria acusa o Pronto Socorro de Várzea Grande e a Fundação de Saúde de Várzea Grande (Fusvag) de fazer pouco caso com os pacientes.
Segundo a assessoria, “há vários hospitais conveniados que poderiam fazer as cirurgias ortopédicas, como Hospital Geral, Santa Casa ou mesmo o Metropolitano, mas nunca recebemos qualquer encaminhamento dessa senhora”.
A reportagem tentou manter contato com a direção do Pronto-Socorro, mas não obteve êxito.
Fonte:
Do DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/70281/visualizar/
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