USP pede reintegração de posse de prédio da reitoria
A USP entrou na tarde desta quinta-feira com pedido de reintegração de posse do prédio da reitoria, na Cidade Universitária, zona oeste de São Paulo, que está ocupado por estudantes desde a madrugada desta quarta-feira (2)
A decisão de pedir a reintegração havia sido anunciada após uma reunião da Comissão da Reitoria.
A invasão do prédio começou por volta da 0h desta quarta e foi realizada por um grupo descontente com a decisão da assembleia dos alunos de desocupar o prédio da administração da FFLCH (Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas) --ocupado desde a última quinta-feira (27).
Com os rostos cobertos com camisas e alguns armados com paus, pedras e cavaletes, os alunos forçaram o portão da reitoria e invadiram o prédio.
Os estudantes devem se reunir na noite desta quinta, em frente à reitoria, para discutir a ocupação. Eles pedem a revogação do convênio entre a universidade e a Polícia Militar, que permite a atuação de PMs na Cidade Universitária, e a revogação de processos contra estudantes, professores e funcionários.
PM
A polêmica envolvendo estudantes e Polícia Militar começou na última quinta-feira, quando três estudantes de geografia foram flagrados com maconha no estacionamento da faculdade. A abordagem desencadeou um confronto entre policiais e alunos, quando estes reagiram contra a prisão dos colegas.
Esse foi o primeiro problema envolvendo policiais e universitários desde que a PM passou a fazer a segurança do campus, há quase dois meses. O convênio entre a corporação e a USP foi assinado para tentar reduzir a criminalidade no local. Em maio, o estudante Felipe Ramos de Paiva, 24, morreu baleado numa tentativa de roubo.
Na terça (1º), um ato a favor da permanência da PM no campus reuniu cerca de 300 pessoas na praça do Relógio, na Cidade Universitária. Entre os participantes estão alunos dos cursos de economia, administração, letras, filosofia e história.
O evento foi marcado pelos alunos no Facebook. De acordo com o texto na rede social, o movimento repudia a ocupação de prédio administrativo da FFLCH e o confronto ocorrido com a polícia no dia 27.
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